Dados recentes do Serviço Copernicus de Mudanças Climáticas (C3S), na Europa, e do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo (NSIDC), nos EUA, sintetizados pela Organização Meteorológica Mundial (WMO) indicam um novo recorde negativo na quantidade de gelo flutuante da Antártica.

Área do Oceano Antártico coberta de gelo flutuante diminuiu em relação ao ano passado e é a menor marca desde 1978. Imagem: Anton_Ivanov – Shutterstock

Segundo o levantamento, a cobertura de gelo sobre o mar em torno do continente reduziu em relação ao mínimo do ano passado: até fevereiro de 2022, a área coberta por gelo no oceano era de 1,92 milhão de km2; agora, diminuiu para cerca de 1,91 milhão.

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O mais grave nisso é que o recorde negativo foi atingido antes do fim da temporada de degelo. Assim sendo, os cientistas acreditam que a extensão tende a diminuir ainda mais.

As medições mais recentes representam a leitura mais baixa para a extensão geral do gelo marinho da Antártida desde que o monitoramento por satélite começou, em 1978. 

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Isso marca o segundo ano consecutivo que, à medida que o verão antártico se desgasta e o manto de gelo marinho do Oceano Antártico encolhe em sua extensão mínima anual, uma baixa recorde foi registrada.

“Este não será apenas um recorde de ‘mal conseguiu’, está parecendo que será outro salto substancial para baixo em relação ao recorde do ano passado”, disse o cientista Ted Scambos, especialista em gelo marinho e geleiras da Universidade do Colorado em Boulder, em entrevista ao jornal The Washington Post.

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Scambos e outros cientistas determinam a extensão do gelo marinho em ambos os polos a partir de dados de satélite, e seus números contam todas as áreas onde há pelo menos uma concentração de 15% de gelo marinho flutuante. 

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Como as leituras diárias individuais podem variar para cima e para baixo, os pesquisadores usam uma média de cinco dias dos dados de satélite para avaliar se um recorde foi quebrado.

Na terça-feira (14), a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) anunciou que o gelo marinho global atingiu uma baixa recorde em janeiro, o que foi  impulsionado, em grande parte, pela diminuição do gelo antártico.

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