A Agência Espacial Europeia (ESA) está considerando redimensionar seu maior telescópio espacial de raios-X depois que vários estados-membros resolveram desistir do projeto – gerando significativas restrições orçamentárias.

Denominado Telescópio Avançado para Astrofísica de Alta Energia (ou, simplesmente, Athena), ele foi selecionado pela ESA em 2014, para ser lançado ao segundo Ponto de Lagrange (L2) entre a Terra e o Sol, a 1,5 milhão de km do nosso planeta, mesma região onde orbita o Telescópio Espacial James Webb (JWST).

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Representação gráfica do futuro telescópio Athena em sua configuração original. Imagem: ESA

Uma vez implantado, Athena estudaria buracos negros supermassivos, a formação de grupos de galáxias, supernovas e outros fenômenos cósmicos, observando as emissões de raios-X desses eventos.

De acordo com o site SpaceNews, a ESA está analisando possibilidades de reduzir o design do observatório diante do aumento de mais de 62% dos custos estimados. 

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Segundo Paul McNamara, coordenador de astronomia e astrofísica da agência, quando o projeto foi selecionado, o orçamento previsto era de 1,17 bilhão de euros (já consideradas as devidas correções monetárias ao longo dos últimos oito anos). 

No entanto, em maio de 2022, as estimativas haviam crescido para 1,9 bilhão de euros. “Vários dos estados-membros concluíram que não seriam capazes de cumprir seus compromissos”, explicou McNamara.

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A maior preocupação da ESA é de que a elevação dos custos não impacte outras missões, mas a agência também não deseja cancelar o projeto. Portanto, acredita que a formatação do layout seja a opção mais acertada.

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O design revisado, conhecido como NewAthena, provavelmente mudará a configuração dos instrumentos científicos do telescópio e os objetivos da missão, inicialmente programada para ser lançada em 2028. Com a reformulação, essa data também deve ser repensada.

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