Uma porção do mar do polo norte vive congelado flutuando sobre o oceano. Em março ele atinge a maior área congelada, enquanto em abril, é o período em que o gelo está mais espesso. No início do ano, o ártico enfrentou um forte ciclone, o mais forte já registrado. Os ventos que atingiram 100 quilômetros por hora junto com a chuva causaram uma drástica redução da camada de gelo que surpreendeu os cientistas. 

As tempestades ocorreram entre 20 e 28 de janeiro, ela se iniciou sobre a Groenlândia e viajou para o Mar de Barents no norte da Noruega e da Rússia.

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No Mar de Barents, as ondas causadas pelas chuvas atingiram 8 metros de altura que varreram 100 quilômetros adentro ao gelo. Os modelos climáticos previram essa evolução da tempestade, mas o que eles acreditavam que aconteceria com o gelo foi totalmente diferente.

O estudo publicado no final de outubro no Journal of Geophysical Research: Atmospheres mostrou que o gelo reduziu 0,5 metros de espessura. A redução é o dobro do que era esperado pelos cientistas. Além disso, a área coberta por gelo também foi drasticamente reduzida.

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“A perda de gelo marinho em seis dias foi a maior mudança que pudemos encontrar nas observações históricas desde 1979, e a área de gelo perdida foi 30% maior que o recorde anterior” comentou o principal autor do estudo Ed Blanchard-Wrigglesworth, da Universidade de Washington, em resposta a LiveScience. “Os modelos de gelo previram alguma perda, mas apenas cerca de metade do que vimos no mundo real” completa.

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O que levou a redução de gelo no ártico

O que levou a grande perda de gelo ainda é uma dúvida, já que o calor atmosférico não influenciou tanto segundo o estudo. Os cientistas apontaram algumas loterias como os cálculos medirem erroneamente a espessura do gelo ou as as próprias onda violentas da tempestade terem quebrado o gelo.

Além disso, os pesquisadores também acreditam que as ondas têm movimentado as águas profundas e quentes, causando o derretimento.

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Os cientistas ainda não compreendem muito bem como as interações entre gelo, oceano e atmosfera afetam a espessura do gelo.

Entretanto, independente da razão que levou a drástica perda de gelo, o aumento das temperaturas causada pelas mudanças climáticas levará ao aumento das tempestades mais fortes no ártico até o final do século, como aponta estudo publicado na revista Nature Communications

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