Detalhes da Lua, agrupamentos de estrelas e até galáxias. Essas estão entre as atrações que dá para se observar com um binóculo astronômico. Afinal, o item consiste em, basicamente, dois telescópios pequenos, colocados um ao lado do outro.
Por ser mais compacto, fácil de usar e barato que um telescópio, o instrumento é ideal para quem quer começar a observar os astros no céu. E com esse tipo de binóculo, o ato fica mais confortável e natural.
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Observação dos astros com um binóculo astronômico
O binóculo astronômico tem um campo de visão grande. Para quem o usa apontado para o céu noturno, essa amplitude permite encontrar os astros de forma mais intuitiva.
Assim, um astrônomo de primeira viagem consegue ver, por exemplo:
- Estrelas múltiplas (Beta Tucanae, Alfa do Capricórnio, Ômega de Escorpião);
- Estrelas variáveis (R Carinae, L2 Puppis, R Hydre);
- Aglomerados de estrelas (NGC 3532, M37, NGC 2516);
- Nebulosas (Orion, Eta Carinae, Lagoa);
- Galáxias (Grande Nuvem de Magalhães, Pequena Nuvem de Magalhães, Andrômeda);
- Estação Espacial Internacional (veja como acompanhá-la pelo aplicativo ISS Live Now).
Para conseguir ver tudo isso, recomenda-se estar num local escuro e longe da poluição luminosa emanada pelas cidades. Outra dica é procurar por um clube de astronomia, onde, além de participar de observações em grupo, dá para trocar experiências e fazer amizades.
Mais dicas de uso
Ao observar o céu noturno com um binóculo astronômico, a imagem nas lentes não serão vistosas iguais aqueles papeis de parede que vemos na internet. Essas imagens são captadas em observatórios igualmente vistosos, por telescópios colocados no espaço ou por meio de sondas espaciais. Ou seja: regule suas expectativas.
Além disso, é bom ter noções básicas sobre esse tipo de binóculo. Dois fatores são importantes: ampliação e abertura. Um binóculo com 7×50, por exemplo, aumenta a imagem em sete vezes e tem lentes objetivas de 50 mm de diâmetro. Essa configuração já é mais que o suficiente para observar os astros.
Outro ponto importante: nem sempre ampliação e abertura maiores significam configurações melhores para observação astronômica. Lentes com diâmetros maiores que 50 mm, por exemplo, captam mais detalhes dos astros, mas menos brilho. Já ampliações maiores diminuem o campo de visão do céu – aí, achar os astros fica mais difícil.
Confira abaixo quatro exemplos de configuração de diâmetro, aumento, campo de visão e magnitude (quantidade de brilho captado):
| Diâmetro | Aumento | Campo de visão (graus) | Magnitude |
|---|---|---|---|
| 50 mm | 7x | 8º | 10.2 |
| 60 mm | 15x | 5º | 10.9 |
| 80 mm | 22x | 3º | 11.2 |
| 100 mm | 14x | 4º | 12 |
Você também vai encontrar modelos com tamanhos diferentes de lente. Lembre-se da regrinha: quanto maior a lente, mais pesada ela é. Aliás, alguns modelos têm lentes tão grandes que não dá para mantê-los estáveis nas mãos. Nesse caso, um tripé resolve.
Fonte: Futuro Astrônomo
Imagem de destaque: National Geographic / Shutterstock / Vchal
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