“Pílula do calor” pode ser capaz de manter o corpo quente mesmo no frio extremo

Pílula de calor? Medicamento pode aquecer o corpo e impedir o frio
Por Lucas Soares, editado por Bruno Capozzi 10/03/2023 16h44, atualizada em 10/03/2023 17h12
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Imagem: Brilliant Eye - Shutterstock
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Imagina que ao invés de precisar se empanturrar de casacos tudo o que você precisa para sair de casa no frio é de uma pílula? Cientistas americanos buscam desenvolver medicamentos capazes de aquecer o corpo, aumentando a resistência à exposição ao frio.

O projeto é da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA) e é liderado pelo bioengenheiro da Rice University, Jerzy Szablowski. A triagem será feita buscando remédios capazes de adaptar o tecido adiposo marrom (BAT) ao frio. O BAT é responsável por regular a temperatura corporal, quebrando açúcar e outras moléculas. 

De acordo com Szablowsk, a resposta do corpo ao frio envolve dois tipos de controle: 

  • Tremores: quando o corpo começa a tremer para aumentar a temperatura. No entanto, o processo é incômodo e causa outras consequências como cansaço.
  • Reações químicas: nesse segundo modo, o BAT gera calor por meio de reações químicas. No entanto, esse modo é menos eficiente do que os tremores em seu objetivo.

Pílula do calor

O objetivo do novo estudo é explorar essa segunda alternativa de uma forma que seja possível manter os benefícios dos tremores, mas sem que eles sejam necessários. 

Leia mais:

“Se você tem uma pílula que torna a gordura marrom mais ativa, em vez de passar semanas e semanas se adaptando ao frio, você pode ter um desempenho melhor em poucas horas”

Miao-Hsueh Chen , professor associado de nutrição pediátrica no Baylor College of Medicine e participante do estudo

Ainda segundo os especialistas, o desenvolvimento da pílula envolve vários estágios, cada um dos quais requer recursos e conhecimentos específicos. Não há previsão para quando a droga vai ser selecionada e nem quando deve começar a funcionar. 

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Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.

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