EUA investigam TikTok por rastrear dados de jornalistas

Estados Unidos estão investigando a ByteDance, controladora do TikTok, por rastrear a localização de jornalistas
Por William Schendes, editado por Bruno Capozzi 17/03/2023 12h42, atualizada em 17/03/2023 13h16
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A ByteDance, controladora do TikTok, confirmou em dezembro que demitiu quatro funcionários que usaram a rede social para espionar a localização de jornalistas. Agora o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) está investigando a motivação desses ex-colaboradores.

Leia mais:

O que aconteceu?

  • Em dezembro de 2022, a ByteDance confirmou que funcionários usaram dados privados de jornalistas para rastrear a localização e identificar de quem eles estavam obtendo as informações internas;
  • Os funcionários estavam monitorando a relação entre jornalistas e funcionários internos do TikTok;
  • Os jornalistas rastreados eram do Financial Times e BuzzFeed.

Conforme relatou uma fonte da Forbes, o DOJ e outras autoridades americanas solicitaram informações à ByteDance sobre como esses funcionários usaram a rede social para obter informações de localização de jornalistas norte-americanos e dados privados. O FBI tem realizado entrevistas relacionadas à vigilância na rede social.

Condenamos veementemente as ações dos indivíduos envolvidos e eles não são mais empregados da ByteDance. Nossa investigação interna ainda está em andamento e cooperaremos com quaisquer investigações oficiais quando forem trazidas a nós.

ByteDance

Um dos jornalistas monitorados foi Cristina Criddle, do Financial Times, que fez diversas reportagens sobre funcionários do TikTok que saíram do escritório de Londres — muitos trabalhavam 12 horas por dia e mais.

A revelação acontece no momento em que o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, pressiona a ByteDance a vender o TikTok para que a rede social continue operando no país.

TikTok na Nova Zelândia

A Nova Zelândia anunciou nesta sexta-feira (17) que também irá proibir o TikTok em dispositivos relacionados ao governo do país devido a preocupações com a segurança cibernética. O aplicativo deve ser banido de todos os aparelhos ligados à rede parlamentar até o final de março, segundo informou a Reuters

Com informações de Forbes e Financial Times.

Imagem destaque:  kovop / Shutterstock.com

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Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Mesmo com alguns assuntos negativos, gosta ficar atualizado e noticiar sobre diferentes temas da tecnologia.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.