Uma extensa variedade de objetos voadores, como drones para monitorar posições inimigas ou lançar explosivos do céu, ganharam destaque com a guerra da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022 com a invasão russa ao território governado por Volodymyr Zelensky. A mais recente novidade em meio ao conflito vem dos EUA: um míssil chamado Mutant – ou seja, Mutante, em português.

E por que a arma recebe esse nome? Basicamente, em razão de sua capacidade de se transformar em pleno ar.

O nome Mutant, na verdade, é um acrônimo para Missile Utility Transformation via Articulated Nose Technology, que se traduz em algo como “Transformação de Mísseis por meio da Tecnologia de Nariz Articulado”.

O artefato foi anunciado pelo Laboratório de Pesquisa da Força Aérea (AFRL), o principal centro de pesquisa e desenvolvimento científico do órgão norte-americano.

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Detalhes:

  • A articulação é feita com um sistema de acionamento de controle de articulação (ACAS), formado por uma estrutura composta de casca de alta deformação que envolve um sistema de acionamento eletromagnético interno;
  • O ACAS é uma tecnologia adequada para mísseis lançados do ar e da superfície;
  • A AFRL diz saber como projetar, fabricar, integrar e empregar a nova tecnologia;
  • O design do míssil permite que sua ponta articulada gire e mude de direção no ar;
  • Essa novidade promete aumentar a eficácia desse tipo de arma, que terá mais alcance, capacidade de manobra e agilidade;
  • Embora o projeto ainda esteja na fase inicial de design e testes, o laboratório revelou já ter três testes programados até o final de 2024.

Segundo o site do AFRL, o laboratório pretende aumentar significativamente o alcance e a letalidade dos mísseis contra alvos altamente manobráveis com um melhor sistema de atuação do controle de voo. 

A abordagem do programa MUTANT é uma forma de transformação ativa envolvendo giro de alta taxa do corpo anterior do míssil, referido como articulação.

Laboratório de Pesquisa da Força Aérea dos Estados Unidos.

Inspirado em um estudo iniciado na década de 1950, o projeto, atualmente, foi adaptado em um míssil Hellfire modificado e ainda não foi disparado pela Força Aérea.

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