Estimulação cerebral: o que é e como funciona

O procedimento estimula o cérebro e regula impulsos anormais, podendo diminuir a necessidade de medicamentos e melhorar a qualidade de vida
Por Ana Bondance, editado por Bruno Ignacio de Lima 24/03/2023 19h57
Ilustração das estruturas celulares cerebrais, de Cajal.
Ilustração das estruturas celulares cerebrais, de Cajal. Foto: Alina Grubnyak/Unsplash
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A estimulação cerebral profunda é um procedimento neurocirúrgico que implanta eletrodos em certas áreas do cérebro para estimulação elétrica que regula impulsos anormais. Geralmente, esse procedimento é indicado quando os medicamentos se tornaram menos eficazes ou se seus efeitos colaterais interferem nas atividades diárias do paciente.

A quantidade de estímulo é controlada por um dispositivo parecido com o marca-passo, colocado sob a pele na parte superior do tórax. Um fio que viaja sob sua pele conecta este dispositivo aos eletrodos em seu cérebro.

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Para que serve a estimulação cerebral?

Cérebro humano
Imagem: peterschreiber.media / Shutterstock

Os médicos podem usar a estimulação cerebral para distúrbios de movimento, como a doença de Parkinson, tremor essencial, doença de Huntington, epilepsia, e dores crônicas. Além disso, apesar da necessidade de pesquisa mais profunda sobre sua eficácia para estes casos, o procedimento também pode ser utilizado para condições neuro psiquiátricas, como depressão, síndrome de Tourette, e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Como o procedimento funciona? 

Depois de mapear o cérebro do paciente e identificar a área onde fios de chumbo serão colocados, cirurgiões implantam um ou mais fios, chamados eletrodos, no cérebro durante a primeira parte do procedimento cirúrgico. Na maioria dos casos, os eletrodos são colocados enquanto o paciente está acordado – com anestesia local, para que os efeitos da estimulação sejam totalmente testados.

Robô Mira
Imagem: Ilustração de uma sala de cirurgia com um braço robô. Créditos: Mira

Os eletrodos recebem um leve estímulo elétrico de um gerador de pulsos implantado no tórax, sob a pele do peito perto da clavícula, durante a segunda parte da cirurgia – na qual a anestesia geral é utilizada. Esse gerador é programado para enviar pulsos elétricos contínuos ao cérebro, e pode ser controlado, ligado e desligado com um controle remoto especial.

A estimulação cerebral não resolve totalmente os sintomas da doença de Parkinson ou das outras condições, mas pode diminuir a necessidade de medicamentos e melhorar a qualidade de vida de um paciente. Para determinar se um indivíduo é um bom candidato para esse procedimento, o ideal é agendar uma consulta com um neurologista especializado em distúrbios de movimento.

Com informações: Mayo Clinic.

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Ana Bondance
Colaboração para o Olhar Digital

Ana Bondance, colaboradora do Olhar Digital, é tradutora formada pela UNIMEP e pós-graduanda em literatura infantil pela PUC Minas.

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Com 10 anos de experiência, é especialista na cobertura de tecnologia. Atualmente, é editor de Dicas e Tutoriais no Olhar Digital.