O órgão regulador da concorrência da Grã-Bretanha concluiu, após estudar novas evidências, que a compra da Activision pela Microsoft não impactará a concorrência no que diz respeito a distribuição de jogos, removendo um grande obstáculo da fusão.
Segundo a Reuters, a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) disse na sexta-feira (24) que de fato não faria sentido financeiro para a Microsoft tornar “Call of Duty”, a franquia mais importante da Activision, exclusivo para seu console Xbox, sendo interessante para a companhia continuar incentivando o jogo também no PlayStation.
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Contudo, apesar da movimentação trazer alívio para as negociações da Microsoft, a CMA acrescentou que no caso do impacto no mercado de jogos em nuvem, a investigação irá continuar.
Fusão Microsoft-Activision: o que está acontecendo?
- A aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft por US$ 69 bilhões foi anunciada no ano passado, sendo considerada uma das maiores negociações do mercado de jogos, por isso, passa desde então por escrutínios nos EUA e Europa;
- Para o CMA, a franquia Call of Duty, da Activision, é importante na fusão para impulsionar a competição entre os consoles, assim, o temor era que a Microsoft pudesse se beneficiar tornando o jogo exclusivo para o Xbox, ou disponível apenas no PlayStation com uma qualidade inferior;
- Para acabar com os receios dos reguladores, a Microsoft ofereceu a vários rivais um licenciamento de 10 anos para Call of Duty — a Sony, uma das mais críticas e resistentes à fusão, também recebeu a proposta, mas ainda não chegou a um acordo com a empresa de software.
A Microsoft também enfrenta reguladores da Federal Trade Commission, dos EUA, baseados na lei antitruste — eles bloquearam o acordo de compra em dezembro de 2022. A Comissão Europeia, responsável pela regulamentação da concorrência na UE, tem até 25 de abril para decidir se aprova a aquisição, já o regulador do Reino Unido estabeleceu um prazo até 26 de abril.
Via Reuters
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