A Alibaba, grupo de empresas de propriedade privada cujos negócios são baseados em e-commerce, anunciou nesta terça-feira (28) que irá se dividir em seis unidades independentes com objetivo de otimização e agilidade em tomadas de decisão. A reestruturação é a maior em seus 24 anos de história. 

  • O conglomerado chinês terá agora as unidades de inteligência de nuvem, serviços locais, logística, comércio eletrônico, mídias digitais e entretenimento; 
  • A decisão vem um dia após o retorno do fundador da companhia, Jack Ma, que passou mais de um ano no exterior. O empresário adotou uma vida discreta desde que a China iniciou uma supervisão regulatória mais rígida contra empresas de tecnologia; 
  • A volta de Ma, que desde 2020 tem rara aparição pública, acontece após Pequim prometer aliviar repressão regulatória e apoiar empresas privadas

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Com o anúncio da Alibaba, as ações da empresa em Nova York dispararam na manhã desta terça, subindo até 8% — as ações haviam caído cerca de 70% desde que a repressão regulatória começou no final de 2020. 

A intenção original e o propósito fundamental desta reforma é tornar nossa organização mais ágil, encurtar os vínculos de tomada de decisão e responder mais rapidamente”, disse Daniel Zhang, atual presidente e CEO do Alibaba Group, em uma carta enviada à Reuters

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Imagem mostra e bilionário Jack Ma, fundador das empresas chinesas Alibaba e Ant Group
Jack Ma, fundador da Alibaba. Crédito: feelphoto/Shutterstock

O diretor acrescentou que cada um dos seis grupos de negócios será administrado por seu próprio CEO e conselho de administração. Elas terão flexibilidade para levantar capital externo e buscar uma oferta pública inicial.  

A única exceção seria o Taobao Tmall Commerce Group (unidade de comércio eletrônico). O setor continuará sendo uma unidade de propriedade integral do Alibaba Group. Zhang pontuou que os processos de trabalho também serão “refinados”, mas não esclareceu se realizará cortes de empregos — Alibaba demitiu, em 2022, 10 mil funcionários em três meses. 

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Segundo especialistas em investimentos, o anúncio traz um respiro para a Alibaba, afastando a preocupação de que a companhia tenha perdido potencial de crescimento. 

Parece uma coincidência que isso esteja acontecendo no momento em que Ma parece confortável em retornar. Para mim, isso sugere que o Alibaba está querendo fazer algo há algum tempo, mas estava esperando a oportunidade para fazer”, disse Stuart Cole, macroeconomista chefe da corretora Equiti Capital, à Reuters

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