A era de outro dos dirigíveis perdeu força em 1937, quando o modelo de luxo Hindenburg pegou fogo durante um pouso nos EUA, matando integrantes da tripulação e passageiros. Avançando várias décadas no tempo, essa categoria de aeronave mais sustentável voltou a ganhar os céus com projetos muito mais modernos e seguros em vários países.

No Brasil não foi diferente. Em março de 2023, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) concluiu a vistoria do primeiro dirigível 100% nacional: o ADS-3-3. A aeronave operada pela Airship do Brasil já havia recebido em dezembro passado autorização para iniciar a produção. Agora, a operação comercial também recebeu sinal verde dos reguladores, conforme comunicado divulgado nesta quarta-feira (5).

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Como é o primeiro dirigível do Brasil?

Dirigíveis são aeronaves que utilizam sustentação aerostática, ou seja, são inflados com um gás mais leve que o ar para flutuar no céu.

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  • O ADS-3-3 nasceu inspirado em um dirigível norte-americano, o 138S, cujo projeto original foi transferido oficialmente para a Airship do Brasil em 2018.
  • Segundo a definição da ANAC, se trata de “um dirigível de envelope não rígido (“Blimp”) de 49 metros de comprimento.
  • O modelo pode levar até seis pessoas por vez (cinco passageiros e o piloto) e conta com motor Textron Lycoming de seis cilindros, hélice tri-pá e suporta voar até 2.743 metros de altitude. 
  • Sua velocidade máxima, por sua vez, é de 86 km/h,
  • Outro quesito importante é a capacidade máxima de carga útil de 4 toneladas (4.034 kg).
Imagem: Divulgação/Anac

A Airship do Brasil ressalta que segue “rigorosos requisitos de segurança impostos por órgãos certificadores em seu projeto e fabricação”. A novidade também dispensa infraestrutura avançada para pouso e decolagem e consegue muito tempo no ar flutuando sem utilizar o motor, destaca a fabricante.

Por fim, vale destacar que nenhum modelo atual utiliza mais o explosivo gás hidrogênio, substituído pelo gás hélio. Os dirigíveis também contam com os mesmos instrumentos de orientação de voo que os aviões modernos.

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A Airship ainda não divulgou quando começa o transporte de passageiros com o ADS-3-3.

Imagem principal: Divulgação/Airship do Brasil

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Com informações da Anac, Airship do Brasil e Aero Magazine

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