Veja este aglomerado estelar de tirar o fôlego registrado pelo Hubble

O lendário telescópio nos trouxe a imagem do aglomerado estelar globular NGC 2419. Na foto, é possível ver um número incontável de estrelas
Lucas Soares07/04/2023 19h45
Veja este aglomerado estelar de tirar o folêgo registrado pelo Hubble
Imagem: NASA
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O Telescópio Hubble está no espaço há mais de 30 anos e ainda faz registros inacreditáveis. Dessa vez, o lendário telescópio nos trouxe a imagem do aglomerado estelar globular NGC 2419. Na foto, é possível ver um número incontável de estrelas.

Esse tipo de aglomerado globular é um esférico de estrelas que orbitam o centro de uma galáxia e, no caso do NGC 2419, essa galáxia é a nossa própria Via Láctea. NGC 2419 está a cerca de 300 mil anos-luz do sistema solar, na constelação de Lynx.

Por que é importante? As estrelas que compõem esses aglomerados costumam ser semelhantes entre si, já que foram todas formadas na mesma época. No entanto, o que as observações do Hubble revelaram, é que no caso desse aglomerado, as estrelas são parecidas visualmente, mas possuem mudanças em suas composições. 

Este aglomerado globular contém duas populações separadas de estrelas gigantes vermelhas, e uma é extraordinariamente rica em hélio. As estrelas de NGC 2419 contêm outros elementos que também variam. Em particular, seu conteúdo de nitrogênio varia. Para tornar as coisas ainda mais interessantes, as estrelas ricas em hélio estão predominantemente no centro do aglomerado globular e estão em rotação

NASA em comunicado

Ainda de acordo com a NASA, duas perguntas ficam para serem respondidas em estudos posteriores: esses dois grupos drasticamente diferentes de estrelas se formaram juntos? Ou esse aglomerado globular surgiu por uma rota totalmente diferente?

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James Webb descobre buraco negro

Um artigo publicado no servidor de pré-impressão arXiv, ainda a ser revisado por pares, relata uma descoberta incrível feita graças ao Telescópio Espacial James Webb (JWST): o buraco negro mais antigo do universo.

Webb, cujas poderosas câmeras permitem que ele “volte no tempo” para espiar os estágios iniciais do universo, descobriu esse buraco negro supermassivo, que tem uma massa de 10 milhões de vezes a do Sol, no centro de uma galáxia bebê formada 570 milhões de anos após o surgimento do universo.

O monstro cósmico é apenas um dos inúmeros buracos negros que se “empanturraram” de material estelar chegando a tamanhos cada vez maiores durante o “amanhecer espacial”, período que começou cerca de 100 milhões de anos após o Big Bang, quando o jovem universo brilhou por um bilhão de anos.

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Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.