Uma poderosa tempestade solar atingiu a Terra às 2h37 da madrugada de sábado (22) para domingo (23), pelo horário de Brasília, promovendo um verdadeiro espetáculo de auroras espalhadas por todo o planeta.

Tempestades solares, também chamadas de geomagnéticas, são distúrbios no campo magnético da Terra causados por ejeções de massa coronal (CME) – grandes erupções de plasma e de radiação da atmosfera do Sol

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O evento ocorrido no fim de semana, particularmente, foi desencadeado por uma CME “cuspida” pela estrela na sexta-feira (21).

Aurora fotografada sobre o Owens Peak Wilderness, na Serra do Sul, Califórnia, EUA. Crédito: Alice Hwange/Reprodução Twitter

Essa tempestade geomagnética atingiu o nível G4, considerado severo, em uma escala de cinco graus estabelecida pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) para avaliar a gravidade dos eventos climáticos espaciais.

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Durante uma tempestade solar, partículas carregadas de radiação do Sol batem na atmosfera da Terra a quase 72 milhões de km/h, sendo canalizadas pelo campo magnético do nosso planeta em direção aos polos. 

A sobrecarga de moléculas na atmosfera desencadeia as luminescências coloridas, que geralmente permanecem limitadas a áreas em altas latitudes como aurora boreal (luzes do note) e, em baixas latitudes, como aurora austral (luzes do sul).

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Veja imagens das auroras formadas por essa tempestade solar

A tempestade solar de domingo provocou auroras boreais que chegaram até o sul do Colorado e do Novo México, nos EUA. Na Europa, as luzes foram avistadas até o sul da França e da Alemanha. No outro extremo da escala, a aurora austral foi incrivelmente avistada até o centro-oeste da Austrália.

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O astrofotógrafo Landon Moeller não só registrou uma bela aurora sobre o rio Apple, no estado norte-americano de Illinois, como também capturou um possível rastro da chuva de meteoros Líridas, que atingiu o pico naquela mesma noite.

Ben Brotherton, do Reino Unido, publicou um vídeo de lapso de tempo impressionante em seu perfil no Twitter, afirmando que esse foi o episódio mais poderoso que já registou.

“Fiquei absolutamente chocado ao ver o quão brilhante e vívido estava na minha câmera”, disse o astrofotógrafo britânico ao site Space.com. “Eu já vi auroras antes, mais recentemente há um mês, mas desta vez os pilares de luz eram claramente notáveis”.

Também do Reino Unido, uma coletânea de imagens obtidas pelo astrônomo amador Allan Trow mostra a Lua em conjunção com Vênus brilhando no lado esquerdo do show de luzes coloridas.

Em Southland, Nova Zelândia, Edwin Mabonga conseguiu capturar uma mistura encantadora de nuvens e auroras. 

A poluição luminosa na cidade de Calgary, no Canadá, não impediu a exibição de auroras, que foi registrada por Kyle Brittain sobre o horizonte.

Podemos esperar eventos climáticos espaciais mais extremos, como esta poderosa tempestade geomagnética, à medida que o Sol se aproxima de um pico em seu ciclo de atividade solar de 11 anos, até então esperado 2025, mas com chances de chegar já no fim deste ano.

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