Não é segredo que as baterias vão inevitavelmente perdendo o fôlego com o passar do tempo. O consumidor passa por isso com dispositivos móveis, como celulares e notebooks. Em média, após dois anos os aparelhos já não seguram carga como antes. Isso faz com que muitos ainda desconfiem da durabilidade de um carro elétrico.

O resultado positivo de um levantamento feito pela Tesla pode mudar essa ideia de vez.

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O que foi descoberto pela montadora

  • Um relatório do ano passado revela que, mesmo com mais de 200 mil milhas rodadas (praticamente 322 mil km), a bateria de um veículo da marca perde em média apenas 12% da sua capacidade máxima.
  • Segundo a montadora, que produz EVs desde 2008, essa é a média de quilometragem em que um veículo é descartado nos EUA (na Europa essa média cai para cerca de 240 mil km rodados).
  • O resultado corresponde apenas as baterias com química à base de níquel. Químicas mais recentes, como lítio-ferro-fosfato (LFP), não foram incluídas no estudo por falta de dados.
Imagem: Jonathan Weiss/Shutterstock

Como as células do tipo LFP têm ciclos de vida muito mais longos, a tendência é que os números só melhorem. A Tesla planeja atualizar o relatório assim que mais dados forem coletados.

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Vale destacar que a quilometragem é apenas um fator na degradação da bateria, seguido pela idade. Como as baterias de íon-lítio se degradam mesmo quando não são usadas, a perda de eficiência também pode afetar veículos com menos quilometragem. Mesmo assim, a Tesla acredita que já superou a durabilidade média de um carro a combustão.

Como é a bateria de um carro elétrico?

  • De início, saiba que as baterias de íons de lítio usadas em veículos elétricos não são as mesmas dos celulares. 
  • O processo químico é diferente, pensado justamente para suportar mais ciclos de carregamento.
  • O resultado é uma vida útil bem mais longa (em média de 8 a 10 anos, projetam as montadoras). 
  • Os veículos elétricos também possuem sistemas de gerenciamento térmico para o componente operar sempre em condições ideias, outro fator que prolonga a durabilidade.
  • Por fim, as baterias dos EVs têm buffers de maior capacidade, o que significa que não descarregam ou carregam da mesma maneira que as baterias do seu telefone. 

Tudo isso também limita a degradação (manter o carro entre 20% e 80% de carga também ajuda a prolongar a vida das baterias).

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Com informações do Autoevolution

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