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A Tesla divulgou seu Relatório de Impacto de 2022 nesta semana e fornece a imagem mais clara até agora da pegada de carbono da empresa de carros elétricos de Elon Musk. A Tesla divulgou números sobre emissões de sua cadeia de suprimentos pela primeira vez, o que torna sua pegada de carbono geral muito maior do que relatada no passado.
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Em 2022, empresa divulgou apenas quanta poluição de gases de efeito estufa gerou de suas operações diretas e de clientes que carregam seus veículos elétricos. No total, isso foi aproximadamente equivalente a 2,5 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono. Mas a poluição da cadeia de suprimentos – considerada emissões indiretas – geralmente representa uma grande parte da pegada de carbono de uma empresa.
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Impacto real da Tesla

Em 2023, a Tesla finalmente divulgou dados sobre emissões de sua cadeia de suprimentos em 2022, o que equivale a cerca de 30,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Essa é uma grande mudança em relação ao que a empresa relatou em 2022.
A divulgação realmente destaca a importância de contabilizar todas as emissões – diretas e indiretas – de uma empresa. É especialmente pertinente para briga que se forma nos EUA entre empresas e a Comissão de Valores Mobiliários sobre quanto dessas emissões deve ser relatado de acordo com a lei.
A pegada de carbono de uma empresa geralmente é dividida em três grupos principais ou “escopos”. São eles:
- Escopo 1: inclui emissões diretas de suas próprias fábricas, escritórios e veículos;
- Escopo 2: abrange emissões de seu uso de eletricidade, aquecimento e resfriamento;
- Escopo 3: compreende outras emissões indiretas das cadeias de suprimentos e do ciclo de vida dos produtos que uma empresa fabrica (entram aqui 15 categoriais de emissões).
É uma prática comum empresas compartilharem apenas suas emissões de Escopo 1 e 2, o que pode fazer com que sua pegada de carbono pareça muito menor do que realmente é. As emissões de escopo 1 e 2 da Tesla, por exemplo, somam 610 mil toneladas métricas de CO2 em 2022. Isso é minúsculo em comparação com as emissões indiretas de Escopo 3 da empresa.
Nova (possível) regra

Em 2023, a SEC (US Securities and Exchange Commission) propôs regras que exigiriam que todas as empresas públicas compartilhassem suas emissões de Escopo 1 e 2.
Porém, o que causou mais alvoroço com esse anúncio foi uma estipulação que também exigiria que grandes empresas reportassem suas emissões indiretas de Escopo 3 em certos casos. Desde então, a SEC atrasou a finalização da regra, que deveria acontecer em outubro. E o presidente da SEC, Gary Gensler, deu a entender que a regra final pode não exigir as divulgações do Escopo 3, afinal.
A Tesla é um ótimo exemplo da diferença que essas regras podem fazer. A empresa ficou atrás de outras montadoras que compartilharam detalhes sobre suas emissões de gases de efeito estufa. A Ford, por exemplo, obteve notas “A” por suas divulgações sobre mudanças climáticas desde 2019, enquanto a Tesla obteve notas “F” do CDP, organização sem fins lucrativos que avalia os relatórios ambientais das empresas.
Comparações

Com certeza a pegada de carbono da Ford é muito maior do que a da Tesla, com mais de 337 milhões de toneladas métricas de CO2 em 2022 (quase todas as quais são emissões do Escopo 3). Isso porque a Ford vendeu mais de três vezes mais veículos que a Tesla em 2022 e porque maioria dos carros da Ford consome muita gasolina. Mas só porque a Tesla fabrica veículos elétricos não significa que o impacto ambiental de suas próprias operações seja insignificante.
Além disso, a poluição da Tesla parece estar crescendo. Isso apesar da empresa ter revelado a terceira parte de seu plano em março, que visa alcançar “energia sustentável para toda a Terra”.
Enquanto isso, emissões combinadas dos Escopos 1 e 2 da empresa de Elon Musk aumentaram quase 4% em 2022, mesmo com a Tesla avançando para tornar cada um de seus veículos elétricos menos atrelado a carbono. É mais difícil ver o que aconteceu com emissões da cadeia de suprimentos da Tesla, uma vez que não tinha revelado esses números até 2023. É difícil gerenciar o que você não mede.
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