Produções com elencos diversos e representativos sempre foram uma demanda dos usuários da Netflix. Apesar do progresso na escalação de mais mulheres e atores negros em papéis importantes, ainda falta diversidade por trás das câmeras — na produção de programas de TV e filmes. Isso é o que mostra um novo relatório da USC Annenberg Inclusion Initiative, encomendado pela empresa de streaming.

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Mais oportunidades na Netflix

Após o assassinato de George Floyd nos Estados Unidos, em 2020, a Netflix e outras companhias se comprometeram a investir esforços em iniciativas de inclusão e em expandir as oportunidades para pessoas não-brancas.

Os renomados criadores Shonda Rhimes (Greys Anatomy, How to Get Away with Murder) e Tyler Perry (Sistas, Um Funeral em Família) reforçaram que a criação de mais oportunidades de treinamento para as pessoas e comunidades sub-representadas que querem trabalhar na produção de filmes e TV é essencial para diversificar equipes. O debate veio em uma conferência virtual sobre o relatório trimestral da Netflix nesta semana.

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Além disso, como divulgado no documento, a Netflix começou a cumprir o que prometeu em 2021: a empresa investiu 30% dos US$ 100 milhões estipulados para, ao longo de cinco anos, trazer diversidade por trás das câmeras. Uma dessas produções foi The Ladder, de Shonda Rhimes.

Vitória das mulheres

  • A proporção de filmes da plataforma com protagonistas ou co-protagonistas femininas foi de 46,4%, em 2018, para 64,6%, em 2021.
  • Na direção, as mulheres ocuparam 26,9% das cadeiras em 2021, contra 16,7% em 2020.
  • Ainda, os filmes dirigidos por mulheres tiveram classificações mais altas do público em 2020 e 2021 do que os feitos por homens, segundo Annenberg Inclusion Initiative.

Progressos e melhorias na diversidade

  • O relatório descobriu que a Netflix progrediu em áreas como a maior representação feminina na tela e em aumentar a porcentagem de produções com um protagonista ou co-protagonista negro.
  • Outras áreas ainda precisam melhorar: ao passo que o número de pessoas negras trabalhando por trás das séries aumentou no streaming, o número de diretores, escritores e produtores asiáticos, latinos, de populações indígenas, do Oriente Médio e do norte da África ainda é tímido.
  • Para a Dra. Stacy L. Smith, fundadora da Annenberg Inclusion Initiative, o preconceito ainda prevalece e atrapalha decisões de contratação, com homens brancos optando por contratar homens brancos.
  • O estudo mostrou que o streaming ainda tem que melhorar na representatividade de pessoas LGBTQIAP+ e com deficiência, que tiveram poucos papéis na indústria.
  • Em 2021, 20,3% das produções tinham personagens LGBTQIAP+, acima dos 11,5% de 2018, mas menos do que os 25% do ano anterior.

Com informações de The Wall Street Journal

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