Em 2020, por meio da missão Chang’e 5, a China realizou o primeiro retorno de amostras lunares do país. Aquela também foi a primeira vez em mais de 40 anos que materiais vindo da Lua foram trazidos à Terra.

Tudo indica que a nação asiática quer continuar sendo pioneira no que se refere ao nosso satélite natural. De acordo com Wu Yanhua, engenheiro-chefe do Projeto Principal de Exploração do Espaço Profundo da China, a missão Chang’e 6 vai decolar em 2024 para trazer consigo as primeiras amostras coletadas no chamado lado oculto da Lua.

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Lado oculto da Lua fotografado pelo satélite Lunar Reconnaissance Orbiter, da NASA. A China pretende lançar a primeira missão de retorno de amostras do lado oculto da Lua em 2024 com a sonda Chang’e 6. Crédito: NASA/Goddard/Arizona State University

“Trata-se de uma missão complexa envolvendo quatro espaçonaves que serão lançadas em um foguete Long March 5, de Wenchang, em maio do ano que vem”, revelou Yanhua em uma conferência sobre exploração do espaço profundo em Hefei. Ele disse, ainda, que as missões Chang’e 7 e 8 seguirão em 2026 e 2028, respectivamente.

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Com duração programada de 53 dias, a missão Change’e 6 foi planejada para capturar até dois quilos de materiais lunares usando uma colher e uma broca, após pousar em um ponto em torno de 43 graus de latitude sul e 154 graus de longitude oeste no lado oculto da Lua, o que corresponde à parte sul de uma enorme cratera de impacto conhecida como bacia Apollo.

A bacia Apollo fica dentro da Aitken do Polo Sul (SPA), uma cratera de impacto colossal e antiga de aproximadamente 2,5 mil quilômetros de diâmetro que cobre quase um quarto da face escondida da Lua. 

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Acredita-se que o impacto na SPA tenha escavado material abaixo da crosta lunar e, portanto, poderia conter pistas vitais sobre a história da Lua e o desenvolvimento do Sistema Solar.

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