Cientistas da NASA conseguiram extrair oxigênio de um simulador de solo lunar, um material de granulação fina que cobre a superfície da Lua. Esta foi a primeira vez que essa extração foi feita em um ambiente a vácuo, abrindo caminho para que os astronautas um dia captem e usem o gás no satélite.

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A equipe de Demonstração de Redução Carbotérmica (CaRD) – do Johnson Space Center, da NASA – utilizou condições semelhantes às encontradas na Lua. Primeiro, foi construída uma câmara a vácuo esférica, com cerca de 4,5 metros de diâmetro, capaz de testar amostras impuras.

Depois, os cientistas usaram um laser de alta potência para simular o calor de um concentrador de energia solar, derretendo a poeira lunar simulada dentro de um reator carbotérmico – onde ocorre o processo de aquecimento e extração do oxigênio.

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Por fim, quando o solo foi aquecido, a equipe conseguiu detectar monóxido de carbono usando um dispositivo chamado Espectrômetro de Massa de Observação das Operações Lunares (MSolo).

“Esta tecnologia tem o potencial de produzir várias vezes seu próprio peso em oxigênio por ano na superfície lunar”, disse Aaron Paz, engenheiro sênior da NASA e gerente do projeto CaRD.

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Essa conquista é um passo importante para permitir a presença humana sustentada na Lua. Isso porque o oxigênio é essencial para respirar, mas também pode ser usado como propulsor de transportes.

Além disso, a descoberta pode revolucionar as futuras missões Artemis, já que um dos principais objetivos da agência espacial é estabelecer uma presença de longo prazo na superfície lunar.

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“Nossa equipe provou que o reator CaRD sobreviveria à superfície lunar e extrairia oxigênio com sucesso”, disse Anastasia Ford, engenheira da NASA e diretora de testes do projeto CaRD.

Um dispositivo semelhante voará em duas próximas missões de exploração ao Polo Sul da Lua:

  • Em 2023, na Polar Resources Ice Mining Experiment-1, que ajudará os cientistas a procurar água
  • Em 2024, na Volatiles Investigating Polar Exploration Rover (VIPER), que explorará a grande montanha “Mons Mouton” para obter uma visão de perto da localização e concentração de gelo de água e outros recursos potenciais.

Via SciTechDaily.

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