Explosão solar atinge a Terra e atrapalha comunicações navais

Mais uma explosão com origem na mesma mancha solar é esperada para atingir a Terra na quarta-feira (10)
Flavia Correia08/05/2023 16h51, atualizada em 09/05/2023 21h04
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Uma explosão solar atingiu o campo magnético da Terra no domingo (7), às 12h44 (pelo horário de Brasília). Embora o impacto tenha sido considerado fraco, segundo a plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, a radiação ultravioleta extrema da erupção causou um pequeno apagão de rádio de ondas curtas sobre o oeste dos EUA e o Oceano Pacífico, interferindo nas comunicações navais e nas operações de rádio amador.

Tudo isso foi provocado por um jato de plasma disparado de uma mancha solar de polaridade invertida denominada AR3296, que está em constante atividade e produziu mais uma explosão de classe M (mesma categoria daquela que atingiu a Terra na tarde de domingo) que deve chegar ao planeta na quarta-feira (10).

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Nova erupção solar da mancha AR3296 captada pelo instrumento AIA do Observatório de Dinâmicas Solares (SDO) da NASA. Crédito: SDO/AIA

Esse segundo evento se deu às 19h34 do mesmo dia em que a explosão anterior atingiu a nossa atmosfera. Ele foi captado pelo Observatório de Dinâmicas Solares (SDO), da NASA, e pelo Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), uma espaçonave operada em conjunto pelas agências americana e europeia.

A erupção solar da mancha AR3296 sob a leitura do SOHO. Crédito: SDO/SOHO

A agência estima que o impacto pode provocar tempestades geomagnéticas de classes G2 e G3 (de graus médio e forte, respectivamente, em uma escala definida pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica – NOAA – que vai de G1 a G5).

Manchas solares são regiões escuras na superfície do Sol por baixo das quais poderosos campos magnéticos, criados pelo fluxo de cargas elétricas, se entrelaçam antes de, repentinamente, estalarem jatos explosivos de material solar carregados de radiação e, algumas vezes, com ejeções de massa coronal (CMEs). Por sua vez, as CMEs são caracterizadas pelo disparo de gás ionizado a alta temperatura, provenientes da coroa solar.

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Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.