A primeira fase da SpiN-Tec, a vacina brasileira contra a covid-19, apresentou resultados positivos. O imunizante é desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • Essa é a primeira vacina 100% nacional, pois não depende de tecnologias de outros países ou de importação;
  • Em testes realizados com animais de laboratório, não foram apresentados efeitos colaterais;
  • A primeira fase clínica foi iniciada em novembro de 2022;
  • Até março, a vacina foi aplicada em 36 pessoas com idade de 18 a 54 anos;
  • Os dados estão em análise pela Anvisa e devem ser divulgados ainda em maio.

Os dados preliminares da vacina indicam que não há problemas de segurança e que existe potencial para gerar uma resposta imunológica ao vírus.

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A segunda fase clínica contará com 372 voluntários de 18 a 85 anos e deve começar em junho. Os voluntários precisarão ter sido vacinados com as duas doses iniciais da vacina CoronaVac ou AstraZeneca e as doses de reforço da Pfizer ou AstraZeneca.

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Na segunda fase, o foco será a imunogenicidade, que verificará o nível de anticorpos gerado e a resposta de linfócitos na proteção do organismo.

Diferentemente dos testes realizados com as primeiras vacinas, os testes da SpiN-Tec têm o objetivo de usar a vacina como uma dose de reforço.

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Seria muito difícil, neste momento, ir atrás dos poucos no Brasil que não foram vacinados com nenhuma dose. A estratégia do CT Vacinas da UFMG foi mesmo desenvolver um imunizante que sirva como reforço. O nosso tem o diferencial de focar na imunidade celular. Quando os anticorpos neutralizantes falham, é a imunidade celular que segura a infecção e a deixa leve. Então, a gente acredita que essa vacina vai ser ideal para proteger contra novas variantes. Enquanto outras vão perder a eficácia, a nossa não deixa as variantes escaparem da imunidade.

Helton Santiago, coordenador dos testes clínicos da vacina.

Com informações de Agência Brasil.

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