Quando teremos uma Ferrari elétrica? Montadora ainda aposta na combustão

Apesar da marca já ter quatro veículos híbridos em seu portfólio, modelos elétricos da Ferrari podem estar longe
Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Ana Luiza Figueiredo 16/05/2023 20h47
Ferrari
Crédito: Pixabay
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A maioria das montadoras que querem se manter atualizadas no mercado automobilístico têm apostado nos seus próprios veículos elétricos. A Ferrari não parece ser uma delas e permanecerá ignorando o novo setor pelo menos até 2026.

Como uma das justificativas para isso, o CEO da empresa, Benedetto Vigna, menciona a “herança” da marca.

Leia mais:

Ferrari vs. veículos elétricos

  • As montadoras atuais têm como meta que de 30% a 50% das vendas até 2025 sejam em veículos elétricos. Já a Ferrari não está se esforçando tanto para isso.
  • A marca não está com pressa em investir nos elétricos e continuará a desenvolver modelos com motores de combustão interna (os ICE) até o final da década de 2030.
  • Segundo Vigna, a Ferrari continuará a construir veículos ICE como “uma parte essencial da herança da empresa”.
  • Apesar dos modelos da marca já serem conhecidos por sua aceleração rápida, a tecnologia elétrica oferece ainda mais potência, o que contradiz opiniões da montadora de que não estaria pronta para os carros.
  • O elétrico Lotus Evija, por exemplo, vai de 0 a 299 km/h em menos de dez segundos.
A Ferrari SF90 Stradale foi o primeiro híbrido da marca, apresentado em 2019 (Foto: Ferrari/Reprodução)

Resistência da Ferrari

Apesar dos pedidos por veículos sustentáveis, a Ferrari não deu o braço a torcer. Vigna ainda afirmou, em entrevista à BBC, que seria “arrogante” ditar o que os clientes podem comprar e que ele manterá a tradição.

Atualmente, a Ferrari já possui quatro modelos híbridos, mas nenhum elétrico (e segue sem planos para tal, pelo menos até 2025). No entanto, a expectativa é que os elétricos puros sejam 40% da frota até o final desta década.

No ano passado, a empresa já havia se comprometido em neutralizar as emissões de carbono da cadeia de produção até 2030, e a jornada de eletrificação é parte importante disso.

Carros elétricos atuais já desmentiram a teoria de que seriam menos rápidos do que os a combustão (Foto: Ferrari/Reprodução)

Contexto

O posicionamento da montadora vem em meio à proibição da venda de novos veículos ICE nos principais mercados automotivos da Europa. Porém, a União Europeia concordou em reestabelecer o passe livre para os combustíveis eletrônicos sintéticos, o que permitirá à Ferrari continuar construindo os motores a combustão.

Com informações de Electrek

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Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.

Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdos para TV e internet.