Pesquisadores do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS) descobriram método para prolongar a expectativa de vida de um peixe-zebra: por meio da reativação de gene dentro das células intestinais. Os resultados desse projeto foram publicados na revista Nature Aging.

  • Há mais de um século, o zoólogo russo Elie Metchnikov apontou que o envelhecimento decorreu do aumento da inflamação do intestino e da infiltração microbiana na circulação sanguínea, ou seja, o órgão perde a capacidade de servir de barreira para substâncias indesejáveis que provocam o envelhecimento;
  • O novo estudo do CNRS analisou o impacto no envelhecimento do comprimento dos telômeros nas células intestinais de um peixe-zebra. Eles descobriram que, assim como nos humanos, essas extremidades cromossômicas encolhem de forma mais rápida no intestino do que nos demais órgãos com o passar dos anos.

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A equipe do CNRS introduziu fragmento de DNA no peixe, induzindo as células intestinais a produzir a enzima responsável pelo alongamento dos telômeros a telomerase. Como resultado, os cientistas descobriram que a desaceleração ocorre tanto no órgão em questão, quanto em todo o organismo.

Essa descoberta é capaz de regenerar a fertilidade e a saúde geral dos indivíduos durante o envelhecimento, aumentando a expectativa de vida, sem riscos associados ao câncer.

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Com a proximidade entre o comprimento dos telômeros dos peixes-zebra e dos humanos, os pesquisadores acreditam que o projeto também possa apresentar resultados positivos em humanos, mas uma série de estudos ainda deverão ser feitos a respeito das as patologias relacionadas ao encolhimento do comprimento dos telômeros, que vão desde câncer até doenças neurodegenerativas, imunológicas e gastrointestinais.

Com informações de Phys.org

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