Pesquisadores desenvolveram experimento que pode ser a resposta do porquê algumas pessoas são mais afetadas por mosquitos que outras. Esse estudo foi publicado na revista Current Biology e apontou que o odor corporal pode ser muito atrativo para esses insetos, o que torna algumas pessoas muito mais sujeitas a picadas que outras.
Alicia Showering, doutoranda da London School of Hygiene & Tropical Medicine, destaca que essas descobertas “poderiam potencialmente contribuir para o desenvolvimento de estratégias de controle de mosquitos mais eficazes, levando a melhor prevenção de doenças transmitidas por mosquitos”.
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O experimento aconteceu em arena de 1.000 m³, na Zâmbia. Pesquisadores do Instituto de Pesquisa da Malária da Escola de Saúde Pública John Hopkins Bloomberg e do Macha Research Trust, compararam o calor, o odor corporal e a liberação de CO₂ na respiração humana como iscas no processo de caça ao mosquito.
- A arena contava com algumas plataformas de pouso aquecidas na mesma temperatura da pele humana (35°C);
- Durante as seis noites do experimento, eles soltaram 200 mosquitos famintos por dia na arena e os monitoraram com câmeras infravermelhas;
- Quando eles pousaram nas almofadas, era sinal de que estavam prontos para morder.
Do lado de fora da arena, seis tendas foram montadas com uma pessoa em cada uma delas. Um sistema de ar condicionado que ligava o ar das barracas e odores corporais à arena foi instalado. Como resultado, os pesquisadores descobriram que um dos voluntários tinha uma composição de odor corporal completamente diferente dos demais e evitou a atenção do mosquito.
Ainda não sabemos exatamente que aspecto das secreções da pele, metabólitos microbianos ou emissões respiratórias estão realmente causando isso, mas esperamos poder descobrir isso nos próximos anos.
Stephanie Rankin-Turner, uma das autoras do projeto
Os pesquisadores identificaram diferentes misturas dos mesmos 40 produtos químicos no odor de todos os humanos envolvidos no projeto. Essa mistura pode ser afetada pela dieta, secreções da pele, micróbios e emissões respiratórias, entre outros fatores.
Com informações de Science Focus
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