Prós
  • Áudio espacial até em salas maiores
  • É possível usar em uma TV com Fire Stick
  • Grave pesado e vozes cristalinas
  • Preenche bem e alto até ambientes espaçosos
Contras
  • Grande e pesado
  • Não é barato

Echo Studio é a caixa de som inteligente mais potente que a Amazon tem em seu catálogo, sendo a única com alguns recursos importantes para quem pensa em tornar o ambiente mais inteligente e preencher o som de forma muito, mas muito eficiente. Ele foi renovado no final do ano passado com pequenas alterações que passam quase despercebidas.

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Eu passei algumas boas semanas escutando música com este enorme Echo em casa, que está longe de ser portátil ou fácil de levar de um lugar para o outro, enquanto esquivava das multas do prédio por tocar canções em volumes mais elevados. Vem comigo, que te conto minha experiência nos próximos parágrafos.

Echo Studio é uma Dot antiga (muito) esticada

Echo Studio (2022) ao lado da Echo Dot (3ª Geração) (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Echo Studio (2022) ao lado da Echo Dot (3ª Geração) (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Em 2023 a atual geração de Echo Dot, além da Echo sem sufixo, é feita em um corpo no formato de uma bola. Antes disso, a caixa de som mais econômica da Amazon adotava um visual de disco. Imagine este modelo, mas com a parte vertical consideravelmente mais elevada e você tem a Echo Studio.

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É este formato, com um acabamento em tecido preto ou branco, botões de controle na parte superior, mais trama no topo e uma espécie de boca na parte inferior. É por lá que o alto-falante responsável pelos graves vai movimentar o ar para fora. Os comandos presentes para toque ligam o modo mudo, controlam volume ou ativam a Alexa de forma manual, sem a necessidade de dizer “Alexa”.

Echo Studio (2022) (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Echo Studio (2022) (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Por fora tudo é de plástico como as outras caixas de som da Amazon, mas a estrutura não deixa passar uma rebarba sequer. Não existe corte errado com tecido para fora. Todo o conjunto passa a sensação de robustez com força, até pelo peso de 3,5 quilos para todo o conjunto.

Por baixo ficam as conexões por cabo, onde você coloca o plugue da tomada, pode enviar áudio por cabo P2 de 3,2 milímetros e existe uma porta Micro-USB para uso nenhum. Oficialmente a Amazon utiliza este conector para enviar internet via cabo para o Echo Studio, quando o Wi-Fi não está suficientemente forte. Para o consumidor não existe utilidade semelhante e o adaptador não é comercializado.

Echo Studio (2022) (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Echo Studio (2022) (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Som preenche a sala com facilidade

Como o Echo Studio não tem tela, vamos falar exclusivamente do som dele. Se você não pensa em utilizar esta caixa de som com Alexa integrada em um galpão enorme ou ao ar livre, saiba que é fácil preencher com música até as salas mais espaçosas de casas e apartamentos mais bacanas.

Para isso o Echo Studio tira proveito de um alto-falante de duas polegadas para ondas médias e que fica apontado para cima, com mais dois deles para as laterais. A ideia aqui é entregar som estéreo e para isso você deve deixar o produto com os botões de ativação para frente – assim as portas de energia e P2 ficam atrás.

Apontado para a frente está um tweeter de uma polegada e para baixo fica o motivo de tanto peso: um woofer de 5,25 polegadas. Para movimentar tanto ar, ele precisa de um eletroímã muito potente na direção oposta e este componente é muito, mas muito pesado.

Echo Studio (2022) (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Echo Studio (2022) (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Todo esse conjunto consegue disparar som em muitas direções e reforçar para a direção contrária da parede. Eu coloquei na minha sala, que não é das maiores e tem pouco mais de 20 metros quadrados, e o volume em cerca de 40% do máximo já é suficiente para fazer o vidro de alguns copos tremer na estante.

Em potência, a Amazon garante 330 watts no máximo, com suporte para DAC de 24 bits e largura de banda de 100 kHz. Existe suporte nativo para arquivos em FLAC, MP3, AAC, Opus, Vorbis, Dolby Digital, Dolby Digital Plus, Dolby Atmos e Sony 360 Reality Audio/MPEG-H. Traduzindo essa sopa de letrinhas: o som é excelente.

A escolha dos materiais e da quantidade de falantes para as três principais ondas (graves, médias e agudas), entrega presença de todas elas até em volume no máximo. Não existiu distorção nos graves e mesmo com eles empurrando a barriga, eu ainda consegui identificar os mais agudos, como os pratos de uma bateria.

O trabalho para áudio em 360 graus é eficiente. Mesmo com a Echo Studio em um dos cantos da sala, foi possível sentir a diferença de lado esquerdo e direito de uma música. Existem outros sons com a direção vindo de cima até. A solução está muito longe de um sistema de áudio com caixas de som espalhadas pelo cômodo, mas te dá um gostinho disso com tudo sendo reproduzido a partir de um ponto específico da casa.

Um ponto importante sobre o som é que existem sete microfones apontados para cima, em pequenos furos no aro superior, onde ficam os botões de controle. Mesmo com volumes elevados, eu nunca precisei falar Alexa mais de uma vez para que ela entenda a minha voz sendo projetada no meio da música alta.

Echo Studio (2022) por dentro (Imagem: divulgação/Amazon)
Echo Studio (2022) por dentro (Imagem: divulgação/Amazon)

Este já é um trabalho bom nas Echo Dot muito mais simples e baratas, mas por aqui a sensação é de funcionalidade amplificada e sistema capaz de detectar até a pessoa que fala mais baixo.

Fechando este review, como estamos com a segunda geração da Echo Studio e é sobre ela esta análise inteira, é importante pontuar a evolução de um modelo para o mais novo: quase nada. A única alteração é um novo mecanismo para processar o áudio espacial projetado nos alto-falantes da caixa.

No final das contas ele deixa o estéreo mais perceptível, mesmo quando a Echo Studio está em um canto e não no meio. E é isso, não existe mudança e ela me dá a sensação de que essa caixa foi tão bem desenvolvida, que não existe muito onde mudar alguma coisa para melhor.

Ela já era excelente na primeira geração, servindo até como um hub para o padrão Zigbee e Matter, além de receber música por Bluetooth, que fica difícil mudar alguma coisa que faça parecer um produto completamente novo.

Echo Studio (2022): vale a pena?

Echo Studio (2022) (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Echo Studio (2022) (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Sim, mas saiba que se você encontrar alguém vendendo a geração anterior, receberá praticamente a mesma experiência que eu comentei aqui neste review. Eu comprei o modelo lançado em 2019 e passei todos estes anos com ele na sala, mas pouco senti a evolução da única parte que mudou: o áudio espacial para preencher melhor o som em 360 graus.

A falta de evolução poderia ser um ponto negativo, mas a caixa de som já era tão boa na única proposta dela, que é tocar muito bem as músicas com graves bem presentes sem tirar as outras frequências, que fico sem muito onde reclamar. Existe um ponto extra para o Brasil: aqui não existe concorrência, pois Apple nunca lançou o HomePod em nosso país e o Google dá de ombros e também não trouxe a Home Max.

Se você quer uma caixa de som capaz de tocar música de forma excelente, preenchendo salas grandes e precisa de assistente pessoal embarcada sem colocar nenhum hardware pendurado para isso, não existe alternativa ao Echo Studio. A parte boa é que ele faz isso muito bem, chamando a Alexa e entregando a mesma boa experiência de todas as outras Echo – pois é a mesma Alexa presente em tudo da empresa, a resposta vem da mesma IA e sai do mesmo servidor.

Tem um detalhe extra que pode ser bacana: é possível usar o Echo Studio como “soundbar” para aparelhos de TV com o Fire Stick. A experiência é bacana, mas para isso você precisa deixar a caixa de som bem abaixo do televisor, no meio. Ok?

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