YouTube volta atrás na política de desinformação eleitoral

Rede tinha decidido remover conteúdos de desinformação eleitoral desde 2020, mas agora repensa seus métodos
Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Ana Luiza Figueiredo 02/06/2023 20h47
YouTube
Imagem: Chubo - my masterpiece / Shutterstock
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O YouTube está dando um passo atrás na sua política de desinformação eleitoral. A partir desta sexta-feira, 2 de junho, a rede social deixará de remover conteúdo que “apresente falsas alegações de que fraudes, erros ou falhas generalizadas ocorreram nas eleições presidenciais de 2020 e em outras eleições presidenciais dos EUA anteriores”.

O anúncio foi feito através do blog da plataforma e a justificativa é de não restringir “a capacidade de debater abertamente ideias políticas, mesmo aquelas que são controversas ou baseadas em suposições refutadas”.

Leia mais:

Política de desinformação do YouTube

O YouTube iniciou a política de desinformação eleitoral em dezembro de 2020. A medida proibia conteúdos que espalhassem notícias falsas sobre a integridade da eleição daquele ano, e a plataforma disse que removeu “milhares” de vídeos.

Porém, no ano anterior a uma nova eleição nos Estados Unidos, o YouTube voltou atrás.

No ambiente atual, descobrimos que, embora a remoção desse conteúdo reduza algumas desinformações, também pode ter o efeito não intencional de restringir o discurso político sem reduzir significativamente o risco de violência ou outros danos no mundo real.

YouTube, em um post de blog
YouTube
Decisão do YouTube vem um ano antes das próximas eleições presidenciais (Imagem: Rokas Tenys/ Shutterstock)

Ineficácia

O YouTube até chegou a tentar reduzir a disseminação de desinformação em 2020, mas os métodos não eram eficazes como esperado.

Um estudo descobriu que, inclusive, o algoritmo da rede social indicava vídeos questionando os resultados da eleição para usuários já céticos.

O que o YouTube fará agora?

  • O YouTube reverteu a política e não mais removerá conteúdos que espalhem notícias falsas sobre as eleições.
  • A rede social, porém, afirma que continuará desencorajando esses vídeos questionadores com regras – que não foram explicitados no post do blog.
  • Além disso, a plataforma vai tomar medidas contra conteúdos que tentem enganar usuários sobre horários, locais e requisitos para votação.
  • O YouTube ainda diz que destaca conteúdos de “fontes autorizadas” sobre as eleições nas pesquisas.

Com informações de The Verge

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Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.

Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdos para TV e internet.