Como se manter seguro no trabalho na era da inteligência artificial

A IA tem suas vantagens e pode automatizar atividades. Mas a tecnologia não tem as habilidades para nos substituir por completo
Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Bruno Capozzi 20/06/2023 18h59
Candidato esperando entrevista de emprego sentados ao lado de um robô com IA (inteligência artificial)
Imagem: Shutterstock
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Desde que o ChatGPT foi lançado, em 2022, as big techs fazem uma “corrida” pela inteligência artificial (IA). Com isso, os funcionários se perguntam como o trabalho humano pode ser afetado. Alguns temem a automatização e, consequentemente, demissões. Outros já têm usado a tecnologia para facilitar o dia a dia.

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Nem todos os trabalhos estão em risco

  • Segundo um estudo da Goldman Sachs, cerca de 300 milhões de empregos serão impactados pela automação provocada pela IA.
  • De acordo com o relatório, porém, “a maioria dos empregos e indústrias está apenas parcialmente exposta à automação e, portanto, é mais provável que seja complementada em vez de substituída pela IA”.
  • Especialistas defendem que empregos com atividades que podem ser feitas de forma mais rápida, segura e barata usando IA correm o risco de se transformarem.
  • Já trabalhos manuais não podem ser substituídos tão facilmente, mas também podem receber o auxílio da IA para complementar sua atuação, como uma assistente.
  • Na analogia do educador Shannan Monson, “não paramos de lavar a louça só porque a lava-louças foi inventada, nós simplesmente conseguimos fazer isso mais rápido, mais fácil e com menos esforço”.
chatbots
Atividades automatizadas correm mais risco de serem substituídas por IA do que trabalhos manuais (Imagem: khunkornStudio / Shutterstock.com)

Transição não é tão rápida quanto pensamos

Mesmo com a evolução da IA, a adoção por parte das empresas pode não ser tão rápida quanto pensamos. Nesse tempo, trabalhadores que aprenderem a conviver com a tecnologia têm vantagem.

Haverá um longo período de transição, no qual você poderá ter um desempenho incrivelmente bom em seu trabalho, aproveitando essas novas ferramentas antes que a pessoa comum o faça. Você está usando uma calculadora e todo mundo ainda está trabalhando manualmente — quem você acha que será promovido?

Paul Canetti, professor da Columbia Business School e fundador/CEO da Skej, uma nova empresa assistente de agendamento de IA
inteligência artificial na medicina
Antes de uma transição, IA pode complementar trabalhos (Imagem: biancoblue/Freepik)

IA não tem nossas habilidades

Para Canetti, mesmo que a transição possa vir a acontecer, é improvável que a IA substitua todos os trabalhos automatizados. Isso porque, mesmo que a inteligência artificial tenha capacidade para isso, não tem a mesma habilidade em tomar decisões valiosas e estratégicas como os humanos.

Para ele, o segredo está em desenvolver habilidades únicas dos seres humanos, como liderança, pensamentos estratégico, criatividade, pensamento intuitivo e até a paixão pelo que faz, o que a IA nunca terá.

Com informações de Fast Company

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Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.