Uma pesquisa realizada pelo Fishbowl, aplicativo que promove o contato entre profissionais de um mesmo setor, revelou que 43% dos entrevistados usavam o ChatGPT em suas rotinas de trabalho. O levantamento coletou dados de 11.700 trabalhadores de empresas como Amazon, IBM, Meta, Twitter e mais.

Com a popularidade do chatbot de inteligência artificial, empresas de tecnologia e outros setores estão preocupadas com possíveis efeitos negativos da ferramenta sendo usada por seus funcionários, como o vazamento de informações confidenciais.

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Gigantes da tecnologia proíbem o uso de IAs generativas de terceiros

  • Um dos casos que mais chamou a atenção foi o da Samsung, que proibiu seus funcionários de usarem o ChatGPT e outras ferramentas de IA nas redes internas e dispositivos da empresa. A medida foi anunciada após um engenheiro compartilhar informações confidenciais com o chatbot.
  • A proibição do ChatGPT pela Samsung resultou no desenvolvimento de uma nova ferramenta de IA que, inicialmente, será disponibilizada apenas para os funcionários da empresa.
  • Em janeiro, a Amazon já tinha banido o ChatGPT para seus desenvolvedores, alegando que algumas respostas eram semelhantes a dados internos da empresa. A gigante varejista orientou os funcionários a usarem sua IA interna para programação, a CodeWhisperer
  • No mês passado, a Apple foi outra empresa a restringir o uso da ferramenta para funcionários com o medo de que informações internas fossem compartilhadas com o chatbot.
  • A Apple ainda não tem um projeto de IA definido. Tim Cook, CEO da Apple, disse que a empresa está trabalhando em uma IA, mas de forma “cautelosa”. Vagas abertas recentemente para área de IA generativa indicam que a empresa, de fato, investirá no segmento.

Outros setores preocupados com o uso do ChatGPT

O banco multinacional australiano Commonwealth Bank of Australia proibiu sua equipe técnica de usar o ChatGPT e instruiu seus funcionários a usarem uma ferramenta própria em suas rotinas: o CommBank Gen.ai Studio.

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Outros bancos, como Bank of America, Citigroup, Deutsche Bank, Goldman Sachs, Wells Fargo & Co e JP Morgan também proibiram definitivamente o uso do chatbot da OpenAI.

Pelo menos cinco hospitais da Austrália orientaram seus funcionários a deixar de usar a ferramenta após alguns casos que a IA foi usada para escrever registros médicos.

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Um levantamento da Reuters revelou que 15% dos profissionais jurídicos de 400 escritórios de advocacia dos EUA, Reino Unido e Canadá receberam alertas sobre o uso do ChatGPT no trabalho.

Melhorias de privacidade do ChatGPT

Diante das preocupações com as informações confidenciais de empresas, a OpenAI realizou uma importante atualização no mês de abril introduzindo o modo incógnito, que não salva o histórico de conversas com os usuários e impossibilita que os dados do usuário sejam salvos para treinar o IA do ChatGPT.  Saiba mais sobre o modo incógnito na matéria completa.

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Com informações de Science Alert.

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