Conforme você deve estar acompanhando pelo Olhar Digital, um submarino turístico que levava pessoas aos destroços do Titanic desapareceu. Operado pela OceanGate Expeditions, o veículo foi construído com ajuda da NASA.

Antes dos detalhes sobre a parceria, vamos relembrar os fatos:

publicidade
  • O submarino Titan, usado para expedições turísticas até os destroços do Titanic, sumiu no último domingo (18) com cinco pessoas a bordo;
  • A tripulação perdeu contato com seu navio de base na superfície, o Polar Prince, uma hora e 45 minutos depois de iniciar a descida, e ainda não se sabe o que deu errado;
  • Segundo informado pela Guarda Costeira na terça-feira (20), eles têm poucas horas de oxigênio disponível;
  • “Os esforços de busca não produziram resultado”, disse o capitão Jamie Frederick, coordenador de resposta da Guarda Costeira na busca pelo submarino;
  • O mar agitado e a neblina têm complicado as buscas até agora, de acordo com o suboficial Robert Simpson, porta-voz do Primeiro Distrito da Guarda Costeira;
  • Outro fator que dificulta é a distância até a área de busca, que fica a cerca de 1,4 mil quilômetros a leste de Boston;
  • Agências, militares e empresas dos EUA e do Canadá que atuam em águas profundas estão ajudando na operação de resgate, usando aviões militares, um submarino e sonoboias;
  • O Titan pesa 10.432 kg e pode atingir até quatro mil metros com 96 horas de suporte de vida disponível para uma tripulação de cinco pessoas.
Submarino Titan, da OceanGate, que faz passeios turísticos até os destroços do Titanic, desapareceu com cinco pessoas a bordo no início desta semana. Crédito: Divulgação/Ocean Gate

Participação da NASA no desenvolvimento do submarino Titan

Segundo o site Space.com, a OceanGate consultou engenheiros do Centro de Voos Espaciais Marshall, da NASA, durante o desenvolvimento do submersível Titan em alto mar.

“A experiência da NASA no design e colocação automatizada de fibra de cascos compostos foi extremamente valiosa neste projeto”, disse o fundador e CEO da OceanGate, Stockton Rush, em um comunicado de março de 2022.

publicidade

“A capacidade de construir o casco de pressão do Titan com fibra de carbono de grau aeroespacial e protocolos de fabricação resulta em um submersível que pesa uma fração do que outros submersíveis tripulados de mergulho profundo pesam”, acrescentou Rush. “Essa redução de peso nos permite transportar uma carga útil significativamente maior que usamos para transportar cinco tripulantes: um piloto, pesquisadores e especialistas da missão”.

Leia mais:

publicidade

Outras “conexões espaciais” do veículo de expedição ao Titanic

A assistência da NASA não é a única conexão espacial do submersível desaparecido. Uma das pessoas a bordo, por exemplo, é o empresário e explorador Hamish Harding, que voou para o espaço suborbital com a Blue Origin, de Jeff Bezos, em 2022. Ele participou da missão NS-21, o quinto voo tripulado da empresa, que contou também com o brasileiro Victor Hespanha a bordo.

Em destaque, o empresário e explorador Hamish Harding (um dos tripulantes do submarino desaparecido), junto aos outros membros da missão NS-21, o quinto voo espacial turístico da Blue Origin, que contou com o brasileiro Victor Hespanha (sentado, de camisa azul) a bordo. Crédito: Blue Origin

Outro membro da tripulação é Shahzada Dawood, vice-presidente do conglomerado paquistanês Dawood Hercules Corporation. Dawood é curador do Instituto SETI (Busca por Inteligência Extraterrestre).

publicidade

Segundo a BBC, os demais tripulantes são o próprio Rush, o filho de 19 anos de Dawood, Suleman, e o explorador e ex-mergulhador da Marinha francesa Paul-Henry Nargeolet.

O veículo já fez uma série de mergulhos bem-sucedidos para os destroços do Titanic, que se tornou o mais famoso naufrágio da história ao afundar no Atlântico Norte depois de colidir com um iceberg durante sua viagem de estreia, em 1912.

Alan Stern, cientista planetário que lidera a missão New Horizons, da NASA, a Plutão e ao Sistema Solar externo, participou de um deles. O ex-astronauta da agência Scott Parazynski também fez essa viagem, se juntando ao conselho de diretores da OceanGate no ano passado.

Além disso, a empresa disse que a megaconstelação Starlink, da SpaceX, forneceria serviço de internet para essa expedição mais recente ao Titanic.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!