Josef Parvizi, médico e cientista da Stanford Medicine, desenvolveu pesquisa para entender em qual parte do cérebro fica armazenado nosso senso de identidade — o autoconhecimento sobre o “eu”. Publicado na revista Neuron, os estudos de Parvizi aponta que uma pequena estrutura entre os dois hemisférios cerebrais possa estar relacionada a isso.

Entenda como essa estrutura funciona:

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  • Chamada de pré-cúneo anterior, ou aPCu, essa estrutura entre os dois hemisférios é o epicentro de um sistema de regiões cerebrais distribuídas que vibram em sincronia;
  • Suas atividades apresentam trabalho grupal por meio do aumento e diminuição em coordenação entre elas;
  • A equipe de Parvizi descobriu que essa região entre os hemisférios é extremamente importante para desenvolver informações básicas, como localização, movimento, posições musculares e articulares e até sensações – formando espécie de mapeamento mental de seu senso de identidade corporal ou física.

Leia mais:

Seu senso de identidade física ou corporal representa seu organismo no imediato aqui e agora, com um ponto de vista particular que é somente seu, sua perspectiva de primeira pessoa sobre o mundo ao seu redor. Ninguém compartilha disso […] Você pode não estar consciente de seu ponto de vista. Mas estará se eu interromper a rede que o gera. Seu lugar no mundo ao seu redor de repente parecerá irreal.

Josef Parvizi, médico e cientista da Stanford Medicine

A pesquisa de Parvizi também destaca as diferenças entre o “eu” do sentido físico/corporal com o “eu” do aspecto narrativo, que se refere a forma que pensamos ativa ou passivamente sobre o passado, ou planejamos o futuro.

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Na tentativa de traçar linha sobre a rede cerebral por meio da aPCu, a equipe de Parvizi analisou imagens cerebrais de cinco participantes da pesquisa, junto aos dados de outros quase mil participantes do Human Connectome Project, lançado em 2010 focado em mapear as conexões neurais do cérebro humano.

“Mostramos a localização precisa das células-chave no aPCu e o mapa de Dian mostra claramente como elas se conectam com o resto do cérebro”, disse Parvizi.

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Com informações de MedicalXpress

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