EUA restringem uso de ChatGPT no Congresso

Legisladores só poderão usar o ChatGPT Plus, versão com recursos de privacidade aprimorados. Mudança ocorre por medo de vazamentos de dados
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 27/06/2023 15h27
Celular com ChatGPT aberto num navegador com logomarca da OpenAI ao fundo
Imagem: Markus Mainka/Shutterstock
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A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos estabeleceu novas regras sobre o uso do ChatGPT em escritórios do Congresso. Na medida, anunciada nesta segunda-feira (26), a chefe administrativa da Casa, Catherine Szpindor, disse que os legisladores e a equipe agora estavam limitados a usar o ChatGPT Plus, a versão paga do chatbot, devido a seus recursos de privacidade aprimorados.

A decisão prevê que os funcionários da Câmara só podem usar o produto para “pesquisa e avaliação” com as configurações de privacidade ativadas e estão proibidos de colar “quaisquer blocos de texto que ainda não tenham sido tornados públicos” no serviço. As mudanças foram adotas sob a justificativa de aumentar a segurança.

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O anúncio ocorre poucos dias depois que o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, pediu urgência do Congresso americano para aprovar uma nova legislação para regular a indústria de inteligência artificial. Ele também apresentou uma nova estrutura detalhando as áreas de foco do Congresso, incluindo os riscos potenciais da IA para a segurança nacional e a perda de empregos.

ChatGPT e os temores de vazamento de informações

  • Várias empresas privadas, incluindo a Samsung e a Apple, restringiram ou proibiram os funcionários de usar ferramentas como o ChatGPT. Eles citaram temores de que dados confidenciais possam ser vazados por meio das ferramentas.
  • Parlamentares do Senado e da Câmara já apresentaram uma série de projetos de lei para regular o setor.
  • O Congresso dos EUA também iniciou conversas com grandes figuras do setor para estabelecer normas de funcionamento das tecnologias.
  • Agências Federais americanas também estão pressionadas para revisar as políticas envolvendo o uso de inteligência artificial ou criar um nova comissão para regulamentar a utilização dessas tecnologias.

Com informações de The Verge.

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Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.