Nesta sexta-feira (30), a Apple obteve feito histórico. A empresa fundada por Steve Jobs e Steve Wozniak chegou ao valor de mercado acima dos US$ 3 trilhões (R$ 14,3 trilhões), algo inédito.
O resultado mostra a resiliência e durabilidade dos produtos da empresa da maçã, sobretudo o iPhone.
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- A companhia foi criada em uma garagem californiana como uma futurista empresa de computadores em 1976;
- Ela tem, agora, duas vezes mais valor de mercado que um de seus eternos rivais, o Google e sete vezes além da Exxon Mobil, que foi a mais valiosa do mundo por muitos anos;
- A título de comparação e curiosidade, o PIB do Brasil foi de R$ 9,9 trilhões em 2022. Ou seja, a Apple, sozinha, possui valor de mercado cerca de 50% maior que todo o PIB brasileiro;
- Foram 42 anos para a empresa chegar à US$ 1 trilhão (R$ 4,7 trilhões), em 2018, mais dois anos para bater US$ 2 trilhões (R$ 9,5 trilhões), em 2020, e três anos para alcançar a marca histórica;
- Por sua vez, a Microsoft, outra grande rival, levou um ano a mais para chegar aos US$ 2 trilhões, e vale, atualmente, US$ 2,5 trilhões (R$ 11,9 trilhões).
Sua dominância atrelou sua marca à vida de boa parte das pessoas que consomem eletrônicos, além de deixar seus investidores mais tranquilos, mesmo com crescentes tensões ocidentais com a China mostrando como ela depende da manufatura oriental.
Contudo, a empresa está se esforçando cada vez mais para se “libertar” do “domínio” chinês e levar sua cadeira de suprimentos para lugares, como Índia e Vietnã.
Tudo em alta
As ações da Apple em Cupertino, Califórnia, seguem em alta em 2023, graças aos novos mercados emergentes anexados pela empresa, como a Índia, bem como a primeira novidade eletrônica em quase dez anos: o Apple Vision Pro, óculos e headset que mistura RV e RA (realidade virtual e realidade aumentada) e que vai custar US$ 3,5 mil (R$ 16,7 mil).
Os papéis da gigante da informática subiram quase 50% desde o início do ano e superaram o crescimento do Nasdaq Composite Index (índice do setor utilizado na Bolsa de Valores da Nasdaq) em cerca de 30%.
A marca de US$ 3 trilhões quase foi alcançada em janeiro do ano passado. Durante as negociações diárias, seu valor de mercado chegou nesse patamar, mas fechou o dia abaixo disso.
Nesta sexta-feira (30), as ações da empresa fecharam em alta de 2,3%, em US$ 193,97 (R$ 929,08). Com esse fechamento, a Apple terminou o dia com US$ 3,05 trilhões (R$ 14,6 trilhões) de valor de mercado.
“Santo” iPhone
Como dito acima, boa parte do sucesso recente da Apple vem do iPhone. Desde seu lançamento, em 2007, a empresa da maçã vendeu mais de dois bilhões de aparelhos.
Incrivelmente, mesmo com as entregas do dispositivo não estarem crescendo rápido, sua decisão de aumentar os preços dos aparelhos com a introdução da linha Pro, em 2019, impulsionou as vendas de modo geral.
O iPhone também gerou “braços” financeiros explorados pela Apple. Um exemplo é a conta-poupança de alto rendimento, existente no exterior, vinculado ao app Carteira.
O iPhone é realmente um produto global e estamos indo bem nos mercados emergentes atualmente. Isso nos ajudou a compensar alguns desafios macroeconômicos.
Luca Maestri, diretor financeiro da Apple, em entrevista ao The Wall Street Journal em maio
Percebeu-se, ainda, que a resiliência da Apple permitiu que ela se recuperasse muito mais rápido que seus concorrentes no período pós-pandemia de Covid-19.
Com informações de The Wall Street Journal
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