Exoesqueleto robótico usa realidade virtual em São Paulo

Estudos já mostraram que o movimento gerado proporciona importantes benefícios, e o objetivo agora é diminuir os custos da tecnologia
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 03/07/2023 16h08
exoesqueleto
Imagem: Wandercraft
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Pesquisas realizadas com um exoesqueleto robótico em São Paulo podem ampliar o uso do equipamento tecnológico por pessoas com paraplegia. Os estudos já mostraram que o movimento gerado proporciona importantes benefícios, e o objetivo agora é transformar o equipamento em algo de menor custo e maior portabilidade para o paciente. 

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Imagem: Harvard Biodesign Lab via Revista Papesp

Os benefícios do exoesqueleto robótico

  • O movimento de sentar e levantar melhora não só o funcionamento do aparelho locomotor quanto o dos órgãos internos, e o exoesqueleto robótico pode ser um grande aliado justamente nesse quesito.
  • Os estudos comprovaram que a tecnologia garante os benefícios relacionados ao ortostatismo, ou seja, a capacidade de ficar em pé na posição ereta.
  • Os equipamentos ainda permitem que o paciente faça um treino de marcha com um estímulo da realidade virtual que simula uma caminhada na praia ou na cidade. 
  • Esse estímulo é extremamente importante para o reaprendizado do cérebro sobre o valor do ortostatismo e sobre a percepção de um mundo visto de pé e não sentado.
  • O objetivo também é promover deslocamento real, não apenas aquele em cima de uma esteira.
  • Segundo a idealizadora da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e presidente do Conselho Diretor do Instituto de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Linamara Rizzo Battistella, isso é importante porque não é apenas um estímulo motor, é um estímulo motor e cognitivo em que se faz uma conexão entre o cérebro e o músculo e isso produz uma mudança na fisiologia. 
  • O principal desafio agora é a acessibilidade, uma vez que hoje é muito mais fácil adquirir uma bicicleta ergométrica, a qual é possível adquirir e utilizar na própria residência.
  • Em São Paulo, há cinco centros de reabilitação gerenciados em conjunto pelo Hospital das Clínicas e a Faculdade de Medicina da USP que já utilizam o exoesqueleto fixo para atender aos pacientes.

Com informações do Jornal da USP.

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Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.