Super El Niño: Temperatura da Groenlândia sobe e derrete camada de neve

A temperatura da Groenlândia subiu 10 °C acima do esperado e imagens de satélite mostraram a perda de gelo em uma ilha
Por Mateus Dias, editado por Lucas Soares 06/07/2023 11h23
Perda da camada de neve na Ilha de Nares
Perda da camada de neve na Ilha de Nares (Credito: União Europeia, Copernicus Sentinel-2)
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A terça-feira, 4 de julho, foi marcada como o dia mais quente já registrado da história do planeta. A alta das temperaturas nos últimos dias afetou até mesmo a Groenlândia, no Ártico, causando o derretimento de ilhas de neve e gelo.

Os pesquisadores perceberam isso a partir de imagens feitas pelo satélite Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia. Fotos feitas entre os dias 29 de junho e 3 de julho da Ilha de Nares, no norte da Groenlândia, mostraram uma significativa perda de camada de neve da ilha e que acabou por deixar expostas as calotas de gelo.

De acordo com dados da União Europeia, a região do ártico tem passado por uma alta nas temperaturas superior à média global. A onda de calor que afetou a região nos últimos dias, deixou a temperatura do ar 10 graus Celsius acima do esperado para essa época do ano.

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Dia mais quente da história

De acordo com os Centros Nacionais de Previsão Ambiental dos Estados Unidos, ligados a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), o dia 4 foi o mais quente da história.

A temporada de calor tem afetado o mundo todo, na China, as temperaturas estão se mantendo acima dos 35 °C e no norte da África, elas estão próximas aos 50 °C. No sul dos Estados Unidos, a sensação térmica de 40 °C já dura duas semanas e causou a morte de pelo menos 13 pessoas até agora.

O governo do México anunciou na quinta-feira, 29 de junho, que entre os dias 12 e 25 de junho morreram mais de 100 pessoas devido à onda de calor na região norte do país.

O El Niño já está entre nós e dessa vez em uma versão mais extrema que vem sendo chamada de “super”. O alerta para o começo do fenômeno foi dado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), órgão ligado à ONU, nesta terça-feira (4).

Segundo o órgão, os governos precisam se preparar para ondas de calor extremo e mudanças climáticas durante o segundo semestre. A OMM acrescentou que há 90% de probabilidade de que as condições do El Niño continuem no segundo semestre de 2023 e até o final do ano.

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Redator(a)

Mateus Dias é estudante de jornalismo pela Universidade de São Paulo. Atualmente é redator de Ciência e Espaço do Olhar Digital

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.