A humanidade está prestes a pisar novamente na Lua, mas você já parou para pensar como seria se realmente fomos pousar em um asteroide? Depois da missão DART da NASA, que colidiu com o asteroide Dimorphus e alterou a rota da rocha espacial, os cientistas se perguntaram como seria para um astronauta pousar nesse e em outros asteroides.

O primeiro desafio a ser enfrentado, caso um pouso tripulado acontecesse em Dimorphus, são seus pedregulhos. Apesar de nas imagens, fornecidas pela espaçonave DART instantes antes de se chocar com a rocha, as pedras parecerem pequenas, as menores delas possuem de 5 a 7 metros, mas podem chegar ao tamanho de uma pequena casa, exigindo muito mais saltos e escaladas do que caminhadas. Além disso, elas podem ser super afiadas, por nunca sofrerem intemperismos.

publicidade

Outro problema em se visitar uma asteroide é se sua superfície é sólida o suficiente para o pouso. Na missão OSIRIS-REx da NASA que visitou o asteroide Bennu em 2020, um vídeo do pouso mostrou que uma das pernas do lander quase afundou ao tocar a superfície com muita força. Isso porque Bennu é um “pilhas de entulho”, o material que o compõe é pouco compactado se assemelhando a uma piscina de bolinhas.

Leia mais:

publicidade

Caminhada nos asteroides

E engana-se quem pensa que os astronautas conseguiriam facilmente caminhar pelo asteroide, isso porque a gravidade deles é baixíssima e muitas vezes insuficiente para impedir que astronautas percam o equilíbrio permanentemente, no caso do Dimorphus, sua gravidade é inferior a um milionésimo a da Terra.

Pule muito rápido e você pode nunca mais descer porque pode exceder a velocidade de escape local. Além disso, no ambiente de gravidade ultrabaixa, seria fácil gerar um movimento significativo do solo, potencialmente provocando uma avalanche de rochas.

Naomi Murdoch, cientista planetária em comunicado da ESA

A solução seria utilizar grampos semelhantes ao de atividades de escalada ou algum sistema de propulsão.

publicidade

Missões tripuladas para asteroides ainda estão longe de serem realidades, mas a ESA em sua missão Hera, de acompanhamento da DART, pretende enviar dois CubeSats para pousar e explorar o Dimorphus em 2024 recolhendo dados que um dia poderão ser úteis para visitas seguras a rochas espaciais.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!