Analgésico ‘de papel’ é a nova promessa da medicina

Pesquisadores britânicos conseguiram produzir analgésicos comuns a partir de resíduos da indústria de papel
Gabriel Sérvio10/07/2023 09h59
Analgésicos
Imagem: Cagkan Sayin/Shutterstock
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A indústria farmacêutica não costuma ser muito citada quando o assunto é impacto ambiental. Ainda assim, segundo um estudo publicado pelo The Conversation, a pegada de carbono do setor é preocupante.

O mercado farmacêutico gera sozinho mais dióxido de carbono que toda indústria automotiva junta. Um trecho da pesquisa estima que o segmento é até 13% mais poluente. Dito isso, algumas empresas buscam maneiras de reduzir emissões.

Um delas foi descoberta por um grupo de cientistas da Universidade de Bath, no Reino Unido.

Leia mais:

Paracetamol e ibuprofeno feitos a partir de terebintina

  • Os pesquisadores conseguiram converter ‘β-pineno’, um componente encontrado na terebintina, em precursores farmacêuticos usados para sintetizar paracetamol e ibuprofeno.
  • No momento, a maioria das empresas que produzem analgésicos usam precursores químicos derivados do petróleo bruto. 
  • A terebintina, por sua vez, é um subproduto residual da indústria de papel produzido em uma escala de mais de 350.000 toneladas métricas por ano. 
  • Além de analgésicos comuns, os pesquisadores também conseguiram sintetizar o salbutamol usando o mesmo processo, um medicamento muito popular no tratamento de asma.

Além de ser mais sustentável, o processo promete baixar o preço dos medicamentos no longo prazo, já que a terebintina não está sujeita à flutuação de valor como o petróleo. O achado foi publicado na íntegra pela revista científica ChemSusChem.

Consulta médica com IA também já é realidade

Falando em inovação, uma IA projetada para responder perguntas médicas está em testes desde abril no hospital de pesquisa Mayo Clinic, nos EUA. A novidade foi criada pelo Google e se chama Med-PaLM 2.

Saiba mais acessando o artigo completo.

Com informações do Engadget

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Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.