Um relatório divulgado pela Agência Internacional de Energia aponta que a demanda por minerais, entre eles o lítio, teve um aumento expressivo entre 2017 e 2022. A alta procura pelos materiais se deve a necessidade cada vez maior do setor de energia.

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Segundo a agência, triplicou a demanda geral por lítio, usado na fabricação de baterias. Além disso, houve um “salto de 70% na demanda por cobalto e um aumento de 40% na demanda por níquel”.

Os dados ainda apontam que o investimento na extrações dos minerais aumentou 30% apenas em 2022. “As empresas especializadas no desenvolvimento de lítio registraram um aumento de 50% nos gastos, seguidas pelas que se concentram em cobre e níquel“, acrescentou o relatório.

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A entidade destacou que as empresas na China quase dobraram seus gastos com investimentos no ano passado.

Alta demanda gera desafios

  • Em dezembro de 2022, a AIE disse que as energias renováveis estavam próximas de ultrapassar o carvão e se tornar a maior fonte de geração de eletricidade do planeta até meados desta década.
  • E os minerais desempenham papel fundamental nesse cenário, sendo utilizados na produção de turbinas eólicas e veículos elétricos, por exemplo.
  • No entanto, a agência afirma que garantir uma oferta suficiente e sustentável dos minerais será um desafio.
  • Especialistas apontam que há riscos para o cumprimento das metas governamentais de redução de emissões de gases de efeito estufa.
  • Se os minerais não forem extraídos na quantidade necessária, pode haver aumentos de preços que tornem mais difícil a transição para energias limpas.

Dependência é um problema

  • O tamanho do mercado de minerais para a transição energética atingiu US$ 320 bilhões em 2022, o dobro em relação aos últimos cinco anos.
  • Apenas as startups levantaram US$ 1,6 bilhão no ano passado, um recorde.
  • Apesar do crescimento expressivo, há temores em relação ao locais de extração.
  • A China, por exemplo, lidera a produção de grafite e o processamento de lítio, segundo a AIE.
  • Apesar disso, a segunda maior economia do mundo ainda depende enormemente de outro país, a República Democrática do Congo, para a extração de cobalto.
  • No relatório, a entidade considerou que houve progresso limitado quando se trata da diversificação das fontes de abastecimento nos últimos anos, acrescentando que “a situação até piorou em alguns casos”.
  • “A maioria dos projetos planejados é desenvolvida em regiões incumbentes, com a China detendo metade das plantas químicas de lítio planejadas e a Indonésia representando quase 90% das instalações planejadas de refino de níquel”.

Com informações de CNBC.

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