Algumas das maiores montadoras de veículos do mundo estão se juntando para encontrar uma alternativa e garantir o acesso a metais para produção de baterias fora da China. Um acordo de US$ 1 bilhão (quase R$ 4,8 bilhões) deve ser fechado nas próximas semanas.
Leia mais
publicidade
- Demanda por lítio dispara; saiba por que isso pode ser um problema
- Toyota anuncia avanço histórico em bateria para carros elétricos
- Nova bateria pode revolucionar indústria automobilística
Independência da China e subsídios do ocidente
- A Volkswagen e a Stellantis já se comprometeram a destinar US$ 100 milhões cada (o equivalente a cerca de R$ 480 milhões) para a criação de uma mineradora de capital aberto.
- O objetivo é produzir níquel e cobre a partir de duas minas brasileiras que funcionam com energia hidrelétrica.
- A gigante da mineração Glencore também está investindo US$ 100 milhões e concordou em transformar o níquel e o cobre das minas em material de bateria em instalações de processamento na Europa Ocidental e na América do Norte.
- Esse projeto faz parte de um esforço das montadoras na busca por materiais que atendam a padrões ambientais e trabalhistas.
- Além disso, buscam qualificar essa produção para a liberação de bilhões de dólares em créditos fiscais de carros elétricos, empréstimos e subsídios nos Estados Unidos, Canadá e Europa.
- Nos últimos meses, a General Motors investiu US$ 650 milhões em uma startup produtora de lítio, a Stellantis destinou US$ 155 milhões para uma mina de cobre na Argentina e a Ford ofereceu recursos para uma mina de níquel na Indonésia.
- Já a Volkswagen lançou uma busca global por metais para baterias antes de se juntar ao acordo.
Como vai funcionar o acordo?
- O projeto conjunto das montadores se resume a uma empresa de fachada que levanta dinheiro de investidores e, em seguida, é listada publicamente em uma bolsa de valores com a única intenção de fazer uma transação para criar uma nova empresa de capital aberto.
- Esses negócios se tornaram alternativas populares às ofertas públicas iniciais tradicionais em 2020 e 2021.
- A ideia é levantar um financiamento externo de mais de US$ 1 bilhão por meio de acordos de capital, dívida e adiantamento para vender o metal que será produzido.
- Ainda são necessários US$ 300 milhões, que podem ser garantidos em dívidas de bancos, incluindo o Citigroup.
- A empresa fruto dessa junção será chamada ACG Electric Metals.
- A projeção é que as minas terão um lucro de cerca de US$ 270 milhões ainda em 2023.
Com informações de The Wall Street Journal.
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!