Oppenheimer foi um renomado físico teórico norte-americano, conhecido por sua contribuição fundamental no desenvolvimento da primeira bomba atômica. Ele desempenhou um papel de liderança no Projeto Manhattan durante a Segunda Guerra Mundial, que resultou na criação dessa arma devastadora. Sua expertise científica e liderança foram cruciais para o sucesso do projeto. 

Em 2023, o cineasta Christopher Nolan lançou uma cinebiografia sobre Oppenheimer. O cientista foi interpretado por Cillian Murphy (Thomas Shelby da série “Peaky Blinders”).

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Origem e vida acadêmica

Julius Robert Oppenheimer nasceu em uma família judaica na cidade de Nova York em 22 de abril de 1904. Desde jovem, ele demonstrou habilidades acadêmicas excepcionais e concluiu seus estudos em química na Universidade de Harvard. No entanto, ele direcionou seu interesse para a física experimental ao se envolver com um curso sobre termodinâmica.

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Em 1924, ele foi admitido no Christ’s College em Cambridge. No entanto, ele decidiu voltar-se para a física teórica devido à sua falta de habilidades em experimentação.

Robert Oppenheimer, 1956

Em 1926, ele seguiu para a Universidade de Göttingen, onde obteve seu doutorado em 1927 e publicou diversos artigos importantes. Um de seus trabalhos mais conhecidos é a abordagem de Born-Oppenheimer, que simplifica o cálculo matemático de moléculas separando o movimento nuclear do movimento eletrônico. 

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Em 1929, Oppenheimer recebeu um convite para lecionar na Universidade da Califórnia, em Berkeley.

Projeto Manhattan

Em 1942, recrutaram Oppenheimer para liderar o Projeto Manhattan, um esforço conjunto entre os Estados Unidos, o Reino Unido e o Canadá para desenvolver a bomba atômica. Oppenheimer tornou-se o diretor do laboratório de Los Alamos, onde ele coordenou a equipe de cientistas e engenheiros que construíram a primeira bomba atômica.

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Seu conhecimento profundo da física teórica e sua habilidade em liderança foram fundamentais para o sucesso do projeto, que culminou no teste bem-sucedido da bomba atômica, conhecida como “Trinity”, em julho de 1945. 

Oppenheimer é frequentemente referido como o “pai da bomba atômica”. 

Albert Einstein (à esquerda) e J. Robert Oppenheimer (à direita) em 1950 / Crédito: THE NEW YORK TIMES / CONTACTOPHOTO

Remorso e perseguição

Após os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, Oppenheimer expressou remorso e preocupação com o uso das armas nucleares. Ele se tornou um defensor do controle internacional sobre armas nucleares e fez campanha contra o uso imprudente dessas armas destrutivas.

Sua posição e ativismo posterior levaram ao seu envolvimento em audiências do governo dos EUA, durante as quais investigaram suas associações políticas. Acusaram-no de falta de lealdade e de representar um elemento perigoso para o seu país, resultando na revogação de sua autorização de segurança e qualquer conexão com o governo norte-americano.

Apesar desse incidente, Oppenheimer continuou a lecionar e a realizar pesquisas na Universidade de Princeton até sua aposentadoria em 1966. Em 18 de fevereiro de 1967, ele morreu aos 62 anos de idade. A causa de sua morte foi identificada como câncer de garganta.

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