O “paciente de Genebra” é a pessoa mais recente nos estudos do HIV a ser declarado em remissão de longo prazo. O homem, diagnosticado com o vírus desde 1990, não chegou a receber um transplante com a mutação que impede a infecção nas células do corpo, como os casos estudados anteriormente, mas já não apresenta indícios do HIV no seu organismo. Momentaneamente, o paciente está curado, mas os pesquisadores alertam que é possível que o vírus retorne.

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Pesquisa para a cura do HIV

  • Cinco pessoas já foram curadas do HIV (os pacientes de Berlim, Londres, Duesseldorf, Nova York e City of Hope). Em todos os casos, os voluntários passaram por transplantes de medula óssea para tratar casos graves de câncer.
  • Eles receberam células-tronco de doadores com uma mutação do gene CCR5, que bloqueia a entrada do vírus do HIV nas células do corpo.
  • O paciente de Genebra também passou pelo transplante para tratar um caso grave de leucemia, mas recebeu as células-troncos de um doador que não tinha o gene com a mutação.
  • Isso significa que o vírus ainda é capaz de infectar as células do paciente.
HIV
Cinco outros pacientes já tiveram remissão a longo prazo do HIV (Imagem: PENpics Studio/Shutterstock)

Paciente de Genebra

Porém, não foi isso que aconteceu. Segundo os médicos dos Hospitais da Universidade de Genebra, mesmo após 20 meses da suspensão do tratamento antirretroviral (que diminui a quantidade de HIV no sangue), não foi possível encontrar indícios do vírus no organismo.

Eles ainda não podem afirmar que o HIV nunca voltará, mas já consideram que eles está em remissão a longo prazo.

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Tubo de ensaio HIV positivo
Paciente de Genebra afirmou estar “focado no futuro” após a notícia da remissão (Imagem: PENpics Studio/Shutterstock)

Caso do paciente de Genebra

  • O paciente de Genebra é um homem branco que vivia com o vírus desde 1990.
  • Ele tomou antirretrovirais até novembro de 2021, mas suspendeu o uso por aconselhamento médico após o transplante de medula óssea.
  • Não se sabe exatamente o motivo pelo qual o paciente tenha entrada em remissão a longo prazo, já que não recebeu o gene com a mutação.
  • Especialistas propõem que pode ser que o transplante tenha eliminado todas as células infectadas sem a necessidade do gene mutante, ou que talvez o sistema imunossupressor do paciente tenha desempenhado seu papel.
  • Porém, o caso tem que ser observado de perto, já que basta uma única célula infectada para o risco de HIV voltar. Foi isso que aconteceu com o paciente de Boston.

Com informações de Medical Xpress

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