O “paciente de Genebra” é a pessoa mais recente nos estudos do HIV a ser declarado em remissão de longo prazo. O homem, diagnosticado com o vírus desde 1990, não chegou a receber um transplante com a mutação que impede a infecção nas células do corpo, como os casos estudados anteriormente, mas já não apresenta indícios do HIV no seu organismo. Momentaneamente, o paciente está curado, mas os pesquisadores alertam que é possível que o vírus retorne.
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Pesquisa para a cura do HIV
- Cinco pessoas já foram curadas do HIV (os pacientes de Berlim, Londres, Duesseldorf, Nova York e City of Hope). Em todos os casos, os voluntários passaram por transplantes de medula óssea para tratar casos graves de câncer.
- Eles receberam células-tronco de doadores com uma mutação do gene CCR5, que bloqueia a entrada do vírus do HIV nas células do corpo.
- O paciente de Genebra também passou pelo transplante para tratar um caso grave de leucemia, mas recebeu as células-troncos de um doador que não tinha o gene com a mutação.
- Isso significa que o vírus ainda é capaz de infectar as células do paciente.
![HIV](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2022/12/HIV.jpg)
Paciente de Genebra
Porém, não foi isso que aconteceu. Segundo os médicos dos Hospitais da Universidade de Genebra, mesmo após 20 meses da suspensão do tratamento antirretroviral (que diminui a quantidade de HIV no sangue), não foi possível encontrar indícios do vírus no organismo.
Eles ainda não podem afirmar que o HIV nunca voltará, mas já consideram que eles está em remissão a longo prazo.
![Tubo de ensaio HIV positivo](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2021/07/Tubo-de-ensaio-HIV-positivo.jpg)
Caso do paciente de Genebra
- O paciente de Genebra é um homem branco que vivia com o vírus desde 1990.
- Ele tomou antirretrovirais até novembro de 2021, mas suspendeu o uso por aconselhamento médico após o transplante de medula óssea.
- Não se sabe exatamente o motivo pelo qual o paciente tenha entrada em remissão a longo prazo, já que não recebeu o gene com a mutação.
- Especialistas propõem que pode ser que o transplante tenha eliminado todas as células infectadas sem a necessidade do gene mutante, ou que talvez o sistema imunossupressor do paciente tenha desempenhado seu papel.
- Porém, o caso tem que ser observado de perto, já que basta uma única célula infectada para o risco de HIV voltar. Foi isso que aconteceu com o paciente de Boston.
Com informações de Medical Xpress
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