Como criar asas de avião mais leves, fortes e sustentáveis? A natureza pode ter a resposta. Um artigo publicado na revista Advanced Science usou a asa de uma libélula como base para redesenhar um Boeing 777.
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Por que a libélula?
- “Quando você olha para uma libélula, vê asas que evoluíram ao longo de milhões de anos para uma estrutura incrivelmente leve, eficiente e forte”, defende Masoud Akbarzadeh, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, um dos responsáveis pelo trabalho.
- Ele explica que estava interessado na geometria da superfície e na estrutura interna das veias nas asas.
- E destaca que ao olharmos de perto para o animal percebemos que o corpo dele inclui muitos polígonos convexos, o que garante força e flexibilidade, além de permitir sustentação e manobras rápidas.
- “A rede convexa da asa é muito semelhante às redes eficientes que projetamos usando o método de estática gráfica que pesquisamos e desenvolvemos em laboratório. Pensamos: poderíamos usar nossas ferramentas de análise baseadas em geometria para analisar esses padrões e recriá-los sob diferentes condições para outros tipos de asas?”.
- Os pesquisadores, então, mapearam as estruturas internas da asa da libélula e usaram esses dados para desenvolver e treinar um algoritmo.
- O resultado foi uma “asa de avião projetada seguindo os princípios observados em uma asa de libélula”, diz Akbarzadeh.
Aplicação no mundo real
- O próximo passo foi aplicar a descoberta em uma escala menor, incorporando designs inspirados em libélulas em uma fuselagem 2D de uma asa do Boeing 777.
- Os testes comprovaram uma melhoria significativa na eficiência estrutural das asas.
- O design da libélula aumentou a rigidez em 25%, sugerindo o potencial para asas mais leves e eficientes.
- Agora, a equipe planeja usar estruturas 3D da asa da libélula, além de aprimorar o modelo de aprendizado de máquina.
- Se der certo, isso pode significar uma verdadeira revolução na aviação.
- “Ao fazer isso, poderíamos criar aviões mais leves e eficientes, usando menos materiais, levando a economias consideráveis de combustível e custos, sem mencionar uma redução substancial na pegada ambiental da aviação”, destaca Masoud Akbarzadeh.
Com informações de Tech Xplore.
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