Uma inovação da Universidade de São Paulo pode melhorar a qualidade de vida e ajudar pessoas com disfagia, uma condição que dificulta mastigar e engolir, impedindo a ingestão de alguns alimentos. A invenção é um conjunto de géis de leite e sucos de frutas feitos a partir de uma impressão em 3D, que poderão se unir à dieta desses pacientes e fazer com que eles não tenham mais certas restrições.
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Invenção
A novidade foi desenvolvida em conjunto com uma universidade da França e procura ajudar pessoas com disfagia. Essa condição de saúde pode causar desnutrição. A pesquisa, então, desenvolveu os alimentos, impressos em 3D, para permitir que as pessoas tenham acesso a eles de forma saudável.
O objetivo geral é usar a tecnologia de impressão 3D como ferramenta para desenvolvimento de novos alimentos e aplicações biomédicas para melhoria da qualidade de vida da população. De forma mais específica, queremos apresentar alternativas para esse público, que poderão ser avaliadas por médicos e nutricionistas e, eventualmente, compor uma dieta disfágica.
Professora Bianca Maniglia, do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP
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Como os alimentos 3D foram feitos
- Para desenvolver os alimentos, os cientistas pesquisaram como se dá a produção de géis baseados em sucos de frutas e leite, bem como açúcares e proteínas.
- Só assim eles puderam replicar essas moléculas em 3D, inclusive com a textura certa. Os alimentos escolhidos para isso são importantes do ponto de vista nutricional, que podem causar disfunções se não forem ingeridos.
- Então, os géis foram produzidos. Depois, misturaram ingredientes gelificantes (polissacarídeos, presentes em fontes de carboidrato como batata, trigo e milho, e proteínas) com os alimentos, congelando e resfriando até que eles estivessem na textura correta para serem impressos.
- Segundo Maniglia, a acessibilidade do alimento final também foi estudada pelo grupo.
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Importância da invenção
O estudo foi publicado nas revistas Innovative Food Science & Emerging Tecnologies e Food Research International, e se soma a outros artigos que já estão em fase de aprovação sobre como lidar com a disfagia.
A esperança dos pesquisadores é que os alimentos em 3D produzidos por eles possam realmente compor a dieta de pessoas com a condição e melhorar a qualidade de vida. No entanto, eles reforçam como os produtos ainda serão avaliados por médicos e nutricionistas.
Com informações de Jornal da USP
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