Até pouco tempo atrás, “carne de laboratório” era apenas um rumo possível no futuro da alimentação. Agora, já se testa servir “frango sem abate” em alguns restaurantes pelo mundo.

Para quem tem pressa:

  • Agora, já se testa servir “frango sem abate” em alguns restaurantes pelo mundo;
  • Nos EUA e em Singapura, por exemplo, a tendência da carne de laboratório já é uma realidade;
  • Já no Brasil, o “frango cultivado” só deve chegar aos restaurantes em 2024;
  • Estabelecimentos mundo afora se programam para aderir à tendência.

Nos EUA e em Singapura, por exemplo, a tendência da carne de laboratório já é uma realidade. E estabelecimentos mundo afora se programam para aderir à tendência.

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Já no Brasil, país na vanguarda mundial da pesquisa e produção desse tipo de carne, o “frango sem abate” só deve chegar aos restaurantes em 2024.

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Frango de laboratório

Homem preparando frango de laboratório numa churrasqueira
(Imagem: Divulgação/Good Meat)

A Good Meat, uma startup com base na Califórnia, serviu há algumas semanas aqueles que devem ter sido os primeiros pedaços de carne cultivada num restaurante no país.

No caso da Good Meat (e de outras empresas), o frango é composto de 60 a 70% de células animais, enquanto o restante é feito à base de plantas – por exemplo: trigo e soja.

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No entanto, a produção desse tipo de carne é mais parecida à forma de se produzir bebidas (vinho, por exemplo) do que comida.

As células animais são colocadas em grandes tanques (bioreatores) de inox e alimentadas (com açúcares, aminoácidos, etc) por semanas até que se transformem em gordura e tecido muscular — algo muito parecido com carne “de verdade”.

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Carne cultivada na mesa

Pedaços de filé de frango
(Imagem: Divulgação/Good Meat)

O restaurante China Chilcano, do chef e ativista da alimentação José Andrés, abriu, na terça-feira (25), vagas para os clientes interessados em provar a carne de laboratório. O estabelecimento fica em Washington, nos EUA.

A partir da próxima segunda (31), os clientes vão poder sentar e degustar o tal “frango sem abate”.

A receita principal é um espetinho grelhado e besuntado de um molho feito com pimentas peruanas e servido com batatas e uma espécie de chimichurri. Ela faz parte de um menu-degustação, que custa US$ 70 (aproximadamente R$ 330, em conversão direta) por pessoa.

O restaurante tem recebido uma enxurrada de mensagens e pedidos, mas já avisa que, em caráter experimental, não consegue servir mais de oito clientes por semana para comer o frango “diferentão”.

Em outros restaurantes, a corrida pela carne cultivada também já começou.

Por exemplo, em São Francisco, a chef Dominique Crenn, já eleita como melhor chef do mundo segundo os 50 Best, anunciou que também vai servir o frango de uma empresa concorrente (Upside Foods) no seu restaurante mais casual, o Bar Crenn.

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