Conforme noticiado pelo Olhar Digital, membros do Subcomitê de Segurança Interna, Fronteiras e Relações Exteriores do Comitê de Supervisão da Câmara dos EUA ouviram nesta quarta-feira (26) relatos de três testemunhas sobre suas experiências com os antes chamados de objetos voadores não identificados (OVNIs) e agora designados como fenômenos anômalos não identificados (UAPs).

Os depoentes foram David Grusch, ex-oficial de inteligência da Força Aérea, que afirma que o Pentágono esconde restos de espaçonaves alienígenas; David Fravor, Comandante da Marinha aposentado; e Ryan Graves, ex-piloto da Marinha.

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David Grusch, ex-oficial de inteligência da Força Aérea dos EUA, que acusa o Pentágono de ocultar informações sobre OVNIs. Crédito: Subcomitê de Segurança Nacional, Fronteira e Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos EUA

O objetivo dessa série de audiências é obrigar o Pentágono a divulgar as informações sigilosas de que dispõe, segundo o deputado Tim Burchett, republicano do Tennessee, um dos mais atuantes no tema. “Não podemos confiar em um governo que não confia em seus cidadãos”, disse o parlamentar na sessão.

De modo geral, o Capitólio exige maior transparência do Pentágono sobre os inúmeros relatos de avistamentos e encontros com naves suspeitas.

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Conforme observa o jornal The Washington Post (TWP), a audiência oscilou entre declarações de preocupação sobre a potencial ameaça à segurança nacional representada por objetos desconhecidos voando perto de aeronaves militares dos EUA e acusações de que o governo esconde a existência de formas de vida alienígenas.

Para quem esperava que tais revelações viessem a público na reunião de quarta-feira, o deputado Tim Burchett, republicano do Tennessee, pediu desculpas pela frustração. “Não estamos trazendo pequenos homens verdes ou discos voadores para a audiência – desculpe decepcionar cerca de metade de vocês. Vamos apenas chegar aos fatos. Descobrir o encobrimento”.

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“Material biológico não-humano foi recuperado em nave alienígena”, afirma ex-Pentágono

Embora o Pentágono tenha implementado novas políticas destinadas a encorajar os militares a se apresentarem se virem algo incomum para que possa ser investigado, estabelecendo, inclusive, o chamado Escritório de Resolução de Anomalias de Todos os Domínios para estudar mais profundamente esses relatos, o órgão é acusado justamente de agir de forma contrária.

Em um dado momento, Grusch afirmou que materiais biológicos não-humanos foram retirados de UAPs. “Não humano, e essa foi a avaliação de pessoas com conhecimento direto sobre o programa com quem conversei”.

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Sobre o que o levou a fazer as delações, ele disse que sua motivação surgiu depois de ouvir relatos de preocupações de vários colegas e de “respeitados e credenciados militares ativos ou aposentados” de que o governo norte-americano atua nessa área em segredo, sem a participação e anuência do Congresso. Essa decisão o levou a sentir que havia “colocado sua vida em perigo”.

“Certamente, meus colegas foram brutalmente retaliados administrativamente por se manifestarem”, disse Grusch, que estima que, em razão disso, apenas 5% dos avistamentos são relatados.

Quando questionado se achava que o governo tinha quaisquer OVNIs em sua posse, ele foi categórico. “Absolutamente, sim, 40 testemunhas confirmaram isso para mim ao longo de quatro anos”.

Esta foi a terceira audiência sobre o tema no Congresso, depois de meio século sem mexer no assunto. Na reunião realizada em abril, Sean Kirkpatrick, diretor do escritório encarregado de avistamentos, disse que o governo estava examinando atualmente mais de 650 casos de potencial OVNIs. “Desses, priorizamos cerca de metade deles como tendo um valor anômalo e interessante, e agora temos que olhar para eles e nos perguntar: quantos parecem ser verdadeiros?”. 

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