Existem mais de 5 mil espécies de rãs e sapos espalhados ao redor mundo, mas a maior concentração desses animais acontece na América do Sul, que abriga cerca de 2.500 delas.

Esses anfíbios pertencem à ordem Anura, um termo do grego antigo que significa “sem cauda”, e podem ser encontrados em todos os continentes – exceto na Antártica.

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Tanto as rãs quanto os sapos evoluíram para se adaptar às condições dos locais em que vivem, o que pode resultar em aparências e comportamentos um pouco estranhos. Então, caso você já tenha se perguntado “quais os sapos mais estranhos do mundo?” Bem, aqui estão 5:

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1. Brachycephalus rotenbergae

Brachycephalus rotenbergae. Foto: Sandra Goutte
Brachycephalus rotenbergae. Foto: Sandra Goutte

Medindo até 1,7 centímetro, um dos menores anfíbios do mundo, o Brachycephalus rotenbergae é um dos diversos tipos de sapo-pingo-de-ouro, também conhecidos como sapos-abóbora, encontrados na Mata Atlântica brasileira.

Ele não passa despercebido por conta de sua cor alaranjada vibrante, que sinaliza toxinas perigosas na pele, e é um ótimo escalador – mas é tão pequeno que não tem equilíbrio para aterrissar quando pula, então simplesmente se estatela no chão, como se estivesse bêbado.

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2. Sapo cururu gigante

Sapo cururu gigante. Foto: Queensland Environment Department
Sapo cururu gigante. Foto: Queensland Environment Department

Apelidada de “toadzilla” (ou “sapozilla”), essa fêmea de sapo cururu encontrada na Austrália pesa tanto quanto um bebê humano recém-nascido (cerca de 2,7 quilos). Ela é o maior espécime de sapo cururu já encontrado, por comparação, a média de peso para os adultos da espécie é de 1,36 quilos.

O sapo cururu é nativo da América do Sul e Central, mas em 1935 o governo australiano soltou mais de 2 mil animais da espécie no estado de Queensland, com a intenção controlar pragas nas plantações de cana-de-açúcar – mas como não existem predadores naturais, o sapo cururu se proliferou e espalhou pela Austrália, tornando-se uma espécie invasora no país.

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3. Sapo Wolverine

Sapo peludo. Foto: Paul Starosa/GettyImages
Sapo peludo. Foto: Paul Starosa/GettyImages

Nativo das florestas de Camarões e de outros países africanos, o sapo peludo ganhou o apelido “sapo Wolverine” pois suas garras são feitas de ossos em vez de queratina. E quando precisa se defender, ele força as garras para fora, perfurando a pele.

Os machos da espécie têm papilas dérmicas, protuberâncias semelhantes a pêlos, nas laterais do corpo e nas pernas traseiras – daí o nome “sapo peludo”. Pesquisadores acreditam que esses “pêlos” têm artérias que ajudam na respiração, já que só aparecem durante a época de reprodução, quando os machos ficam debaixo d’água por mais tempo para proteger os ovos.

4. Sapo-boi azul

Sapo-boi azul. Foto: Zachary Spears/Unsplash
Sapo-boi azul. Foto: Zachary Spears/Unsplash

A cor azul não é muito comum na natureza e geralmente é tida como um aviso, e esta espécie não é exceção. Sua pele azulada com manchas pretas indica a presença de toxinas, um sinal claro para os predadores se manterem afastados.

Apesar do nome, o sapo-boi azul é uma espécie de rã que cresce até 6 centímetros de comprimento, e é encontrada na América do Sul, principalmente no Suriname e no extremo norte do Brasil.

5. Sapo de chifre da Amazônia

Sapo de chifre da Amazônia/CC
Sapo de chifre da Amazônia/CC

Este sapo tem uma boca muito grande em relação ao comprimento de seu corpo – que é de cerca de 20 centímetros -, e tem o que parecem ser chifres acima dos olhos. Mas mesmo sendo um anfíbio grande, o sapo de chifre da Amazônia consegue desaparecer quando precisa caçar. 

Suas cores se assemelham muito aos padrões de folhas caídas no chão, debaixo das quais ele se enterra, deixando apenas a cabeça de fora. Quando o momento certo aparece, ele salta do esconderijo e abocanha a presa inteira –  sua dieta é diversa: qualquer coisa menor que seu corpo, de insetos, roedores e lagartos até pequenas espécies de sapos e girinos da própria espécie. 

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