Cientistas descobriram que duas vacinas experimentais contra malária são seguras para seres humanos. Uma delas, inclusive, foi capaz de retardar a replicação do parasita da doença na corrente sanguínea dos participantes do estudo clínico.

As vacinas foram testadas em fase 1 e ainda é necessário mais pesquisa para entender completamente essas imunizações e a resposta imunológica humana.

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No entanto, a comunidade de pesquisa da malária já está animada com os resultados preliminares, pois se as vacinas continuarem demonstrando eficácia nos estudos clínicos futuros, poderão ser desenvolvidas como vacinas aprovadas.

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As vacinas

  • Ambas as vacinas foram desenvolvidas para prevenir a infecção pelo Plasmodium vivax, uma das principais espécies de parasitas da malária.
  • Malaria é uma doença causada por protozoários transmitidos pela picada do mosquito fêmea Anopheles.
  • O P. vivax é o segundo maior causador de malária e também o mais geograficamente disseminado, causando aproximadamente 4,5 milhões de casos em 2020.
  • As vacinas foram projetadas para atacar diferentes estágios do ciclo de vida do parasita, visando especificamente a proteína de ligação Duffy do P. vivax.
  • Essa proteína é encontrada na superfície das células vermelhas do sangue e funciona como porta de entrada para o parasita, permitindo a infecção.
  • Nos estudos clínicos, as vacinas mostraram ser seguras e os voluntários vacinados apresentaram evidências de resposta imunológica.
  • Em testes controlados, uma das vacinas também reduziu a taxa de multiplicação do P. vivax em 51% quando administrada em um regime de dosagem atrasada.
  • Os estudos clínicos demonstraram que as vacinas utilizadas foram seguras e não houve eventos adversos graves.
  • Esses resultados são encorajadores e indicam que as vacinas podem ser uma solução promissora para o combate à malária, uma doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

Desafios da malária e esperança de vacina

  • A malária é uma doença desafiadora, pois os parasitas são capazes de completar um ciclo de vida complexo em dois hospedeiros diferentes: mosquitos fêmeas e seres humanos.
  • O controle do P. vivax é particularmente difícil devido à sua capacidade de formar estágios dormentes no fígado, que podem reativar e levar a reinfecções.
  • Além disso, a produção de gametócitos (células sexualmente maduras do parasita) ocorre mais cedo na infecção por P. vivax, o que resulta em transmissão mais rápida.
  • Os resultados promissores dessas vacinas chegam enquanto o Gana se tornou o primeiro país a aprovar outra vacina contra malária, desenvolvida pela Universidade de Oxford, para prevenção da infecção pelo P. falciparum.

Apesar das vacinas testadas atualmente serem baseadas em fórmulas antigas, a equipe de pesquisa acredita que abordagens mais modernas, como a utilização de plataformas de RNA mensageiro personalizado, podem ser exploradas para direcionar ainda mais a proteína Duffy do P. vivax.

Com informações de Medical Xpress.

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