Tesla será investigada por supostos problemas no controle de direção

Model 3 e Model Y são os envolvidos
Rodrigo Mozelli01/08/2023 23h54, atualizada em 02/08/2023 00h04
Tesla Model Y na rodovia
Tesla Model Y (Imagem: Yauhen_D/Shutterstock)
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A Administração Nacional de Segurança Rodoviária dos EUA (NHTSA) abriu investigação contra a Tesla após diversas reclamações acerca do controle de direção das versões 2023 do Model 3 e do Model Y.

Uma “avaliação preliminar” do problema começou na última sexta-feira (28), segundo um documento que consta no site do órgão.

Leia mais:

Teor da investigação

  • Donos de Models 3 e Y mandaram uma dezena de reclamações sobre a perda do controle de direção e direção hidráulica;
  • Cinco dessas reclamações indicaram impossibilidade de dirigir o veículo;
  • A investigação vai analisar o problema e se ele afeta os 280 mil Models 3 Y existentes;
  • Ambos são EVs de entrada da montadora de Elon Musk, com o Model 3 saindo a partir de pouco mais de US$ 40 mil (R$ 191,74 mil), enquanto o Model Y sai por cerca de US$ 47 mil (R$ 225,29 mil);
  • A Tesla não comentou o assunto.

Reincidente

Não é a primeira vez que o órgão estadunidense vai para cima da Tesla. Já foram abertas mais de 40 investigações sobre acidentes supostamente ligados ao Autopilot, software responsável pela direção automática dos veículos Tesla. O último acidente registrado foi no meio de julho.

No ano passado, a NHTSA atualizou sua investigação acerca do Autopilot, quando ficou perto de pedir um recall. A agência aguarda respostas atualizadas da Tesla.

Também no ano passado, o órgão também analisou informações sobre “freio fantasma”, no qual veículos da montadora pisavam no freio aleatoriamente quando o Autopilot foi inserido. A agência ainda vai divulgar os resultados dessa investigação.

Polêmicas da Tesla

A empresa de Musk segue dominando o mercado de EVs nos EUA. Contudo, a empresa foi acusada de superestimar os intervalos de direção de seus veículos e esconder reclamações sobre o assunto.

Uma investigação conduzida pela Reuters descobriu que a empresa usou algoritmos para mostrar números agressivos de milhas que um carro consegue dirigir com uma única carga, enquanto uma equipe interna está dedicada a cancelar requisições de serviços feita por proprietários que reclamaram sobre isso.

Com informações de CNET

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.