Saiba por que a Meta permite aos usuários ver o funcionamento interno de sua IA generativa

O aspecto público de experimentação da tecnologia de código aberto permite maior análise minuciosa
Rodrigo Mozelli11/08/2023 22h36
Meta IA
Imagem: gguy/Shutterstock
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A divisão de IA da Meta revelou recentemente seu chatbot Llama 2. A Microsoft foi escolhida como parceira preferencial, que estará disponibilizando-a no Windows.

Em fevereiro de 2023, a Meta lançou sua primeira versão do LLM, chamada Llama, mas a disponibilizou apenas para uso acadêmico. Sua versão atualizada, Llama 2, possui melhor desempenho e é mais adequada para uso empresarial.

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A adoção da ética de código aberto pela Meta com o Llama 2 permite que ela capitalize em abordagem que já funcionou para a empresa no passado. Os engenheiros da Meta são conhecidos por desenvolver produtos para auxiliar os desenvolvedores, como React e PyTorch.

O aspecto público de experimentação da tecnologia de código aberto permite maior análise minuciosa, proporcionando oportunidade para comunidade de usuários avaliar os pontos fortes e fracos do Llama 2, incluindo sua vulnerabilidade a ataques.

  • A Meta impõe limites à comercialização do sistema de IA do Llama 2 pelos usuários;
  • Se qualquer parte atingir mais de 700 milhões de usuários ativos no mês anterior para um produto baseado no Llama 2, ela terá que solicitar licença para a Meta;
  • A decisão da companhia de convidar desenvolvedores de todo o mundo sugere visão mais ampla;
  • É uma jogada que posiciona a empresa de Zuckerberg não apenas como um player, mas como facilitadora, aproveitando o talento global para contribuir para o crescente ecossistema do Llama 2.

O aspecto público de experimentação da tecnologia de código aberto permite maior análise minuciosa, proporcionando oportunidade para comunidade de usuários avaliar os pontos fortes e fracos do Llama 2, incluindo sua vulnerabilidade a ataques.

No entanto, é preciso cuidado ao criar regras, definir quem tem o poder de supervisionar esse processo e determinar o que precisa de mais ou menos escrutínio para garantir que a regulamentação não apenas apoie os monopólios das grandes empresas de tecnologia.

O Google também estará sob escrutínio, pois especulações aumentam sobre como ele pode responder. Em era em que a cultura de código aberto prospera, não seria surpreendente ver o Google seguir o mesmo caminho com seus próprios lançamentos.

À medida que as tecnologias de LLM continuam a evoluir, as apostas são altas e o caminho a seguir está cheio de oportunidades e desafios.

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Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.