Fim do home office: Amazon penaliza funcionários que não vão ao escritório

Em e-mail, Amazon mostra que começou a monitorar e penalizar funcionários nos EUA que não vão ao escritório tanto quanto deveriam
Bruno Ignacio de Lima12/08/2023 14h48
Amazon
(Imagem: Grand Warszawski / Shutterstock)
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Funcionários da Amazon nos EUA estão sendo vigiados e enfrentando penalizações por não frequentarem regularmente os escritórios da companhia, conforme um e-mail divulgado nesta semana. A medida surge em um contexto onde gigantes da tecnologia têm questionado o home-office, adotado amplamente durante a pandemia.

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As informações foram obtidas e divulgadas pelo jornal Financial Times. Segundo a publicação, funcionários da Amazon receberam uma advertência por não cumprirem a meta da empresa de comparecer ao escritório ao menos três dias na semana, conforme revelaram e-mails divulgados pelo jornal. Essas informações também ganharam destaque na plataforma Blind, conhecida por suas discussões anônimas sobre empresas.

Segundo esclarecimentos da Amazon ao The Guardian, o aviso era direcionado àqueles que estiveram no escritório por menos de três dias úteis na semana dentro das últimas oito semanas. Alguns funcionários, que alegaram receber a mensagem indevidamente, foram instruídos a esclarecer a situação com o departamento de RH.

Amazon segue tendência entre BigTechs de retomar trabalho presencial

A postura da Amazon segue ações de outras gigantes tecnológicas. Em março, a Apple sinalizou possíveis punições para quem não retornasse ao regime presencial. Além disso, Elon Musk, ao assumir a liderança do Twitter, defendeu o retorno full-time dos empregados nos escritórios.

A pandemia motivou uma migração massiva para o teletrabalho, especialmente entre profissionais de tecnologia. Dados da Morning Consult de maio de 2022 mostram que 48% deles trabalhavam remotamente, um salto considerável dos 22% pré-pandemia. O estudo também revela que 85% optaram por modelos híbridos ou totalmente remotos, apesar de muitos não demonstrarem interesse no retorno integral ao escritório.

A política de retorno tem gerado debates. Em junho, funcionários da Amazon protestaram contra a decisão. Recentemente, um e-mail da empresa causou desconforto entre os empregados, com relatos de insatisfação em chats internos.

Defensores dos direitos trabalhistas argumentam que a imposição do trabalho presencial pode inflamar ainda mais movimentos laborais no segmento tech. Ryan Gerety, da Athena Coalition, destacou: “A Amazon adota um sistema estrito, intensificando os esforços daqueles que buscam representatividade no ambiente laboral”, conforme relatado pelo The Guardian.

A discussão sobre o retorno ao trabalho ocorre simultaneamente a uma nova onda de Covid-19 nos EUA, reforçando os perigos que inicialmente levaram ao teletrabalho. Hospitalizações pela doença aumentaram 12,5% recentemente e óbitos, 10%, de acordo com o Centers for Disease Control and Prevention.

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Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Com 10 anos de experiência, é especialista na cobertura de tecnologia. Atualmente, é editor de Dicas e Tutoriais no Olhar Digital.