A Rússia lançou de surpresa a missão Luna-25 no último dia 10. Bem depois da Índia disparar a missão Chandrayaan-3 em direção à Lua, em julho. Entretanto, os russos podem chegar primeiro por lá, mas a corrida está apertada.

Nesta quarta-feira (16), a Roscosmos confirmou que a Luna-25 já está na órbita lunar, o que permitiria um pouso, caso tudo saia como o esperado, já no próximo dia 21. Por outro lado, os Indianos planejam o pouso entre os dias 23 e 24.

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Por que é importante chegar na Lua?

Esse será o primeiro pouso no polo sul da Lua, um local estratégico em que pesquisas indicam que possa haver água, algo importante para futuras missões. É para lá, por exemplo, que a Artemis 3 deve levar astronautas nos próximos anos.

Apesar de não ter muita importância na prática, ser o primeiro país a pousar no polo sul é bastante representativo, e a Rússia parece estar próxima de conseguir esse feito.

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Luna-25 

O módulo vai testar tecnologias e estabelecer bases para futuras missões. Pousando com sucesso, ele vai operar por ao menos um ano, visando principalmente o norte da cratera Boguslawsky, em latitude de 70º ao sul.

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Ela deve escavar o solo e analisar do que ele é feito, entre outras experiências. A sonda também vai remover gelo abaixo da superfície.

Chandrayaan-3 

A próxima etapa da Chandrayaan-3 deve ocorrer no dia 17 e consiste em separar o módulo de pouso Vikram do módulo de propulsão. Depois disso, o Vikram irá se preparar para descer a superfície lunar enquanto a propulsão continuará na órbita da Lua coletando assinaturas espectrais e polarimétricas da Terra por pelo menos seis meses.

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Chandrayaan-3 

A aterrissagem acontecerá no polo sul da Lua e irá colocar o rover Pragyan, na superfície lunar. O veículo funciona a energia solar e está equipado com um espectrômetro para analisar o solo e as rochas lunares e um espectroscópio induzido por laser para atingir seus alvos e derivar sua composição química.

O momento da aterrissagem tem gerado grandes expectativas visto que a missão Chandrayaan-2, antecessora da Chandrayaan-3, falhou ao tentar fazê-lo. O objeto também era o pouso no polo sul lunar, mas a pouca iluminação da região dificulta que ele seja feito com sucesso.

Os cientistas da ISRO apontam ter resolvido os problemas que causaram a destruição do veículo anterior. Os principais pontos foram a transmissão das imagens, que na versão anterior era lenta e chegava na Terra em forma de fotos estáticas. Dessa vez, o pouso será acompanhado em tempo real. Além disso, as pernas do Vikram também foram reforçadas para garantir um pouso suave.

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