A IA vai roubar nossos empregos? Pesquisa da ONU responde

O desenvolvimento das inteligências artificiais preocupou trabalhadores de vários setores. Mas, afinal, existe motivo para isso?
Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Bruno Capozzi 21/08/2023 16h58
Candidato esperando entrevista de emprego sentados ao lado de um robô com IA (inteligência artificial)
(Imagem: Stokkete/Shutterstock)
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Desde que a IA se popularizou, uma questão preocupa trabalhadores de várias áreas: se eles seriam substituídos pela tecnologia. De acordo com um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) publicado nesta segunda-feira (21), a resposta é não. No entanto, as ferramentas podem atingir os empregos do setor administrativo e os trabalhadores “de escritório” com mais força do que outros setores.

Leia mais:

IA vai substituir empregos?

De acordo com o estudo, a IA generativa não deve substituir completamente os trabalhadores, mas automatizará apenas parte de suas tarefas.

Na prática, isso pode até fazer com que as pessoas trabalhem mais, já que terão tempo para se dedicar a outras tarefas menos mecânicas, como as estratégicas e criativas.

empregos IA
Segunda a ONU, a notícia não é para ser levada com calma (Imagem: shutterstock/Stokkete)

Quem a IA deve afetar?

  • Segundo a ONU, apesar de não substituir a maioria dos empregos, a IA generativa – aquela capaz de gerar textos, imagens e até vídeos – deve atingir mais o setor administrativo ou aqueles trabalhadores de “escritório”.
  • Isso também tem uma implicação perigosa: a IA deve atingir principalmente mulheres, já que há registro de que esse setor é ocupado majoritariamente por elas.
  • No relatório, a ONU ainda afirmou que os formuladores de políticas públicas não devem levar as informações como algo tranquilizador (já que não substituirá empregos), mas sim como uma oportunidade para lidar com as mudanças tecnológicas da atualidade.

O relatório na íntegra pode ser acessado neste link.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!

Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.